Saindo da PF, Eduardo se defende e diz que não há acusações diretas contra ele

Depois de prestar depoimento na Polícia Federal, em Palmas, o deputado falou com os jornalistas e disse estar tranquilo quanto às acusações

Eduardo fala com jornalistas ao sair da PF
Descrição: Eduardo fala com jornalistas ao sair da PF Crédito: Foto: T1 Notícias

No início da manhã desta quarta-feira, 30, Eduardo Siqueira Campos esteve na sede da Polícia Federal, em Palmas, prestando esclarecimentos depois de seu nome ter sido citado m delação premiada da Operação Acrônimo, quanto a recebimento de propina.

 

Ao sair da PF, depois de prestar depoimento, ele falou com os jornalistas. Questionado sobre o motivo de seu nome ter sido citado na operação, Eduardo informou que “isso tem que ser perguntado a quem citou. Às vezes pela maldade, inveja. Eu não sei dizer”.

 

Já sobre a delação em que ele é citado por, supostamente, ter recebido propina nas cartilhas de educação de trânsito do Detran, ele garantiu que não recebeu dinheiro algum e que não sabe quem recebeu.

 

“Não fui delatado! Eles disseram que o dinheiro foi entregue a terceiros, que por sua vez poderiam ter entregue a mim. Então não há acusação direta a mim. Eu não sei quem recebeu. Cabe a Polícia Federal descobrir isso”, defendeu-se.

 

O depoimento e a condução coercitiva

O deputado estadual contou que o depoimento foi tranquilo e que respondeu todas as perguntas.  “Eu acho que não há homem público que tenha passado por uma administração que não tenha que, em algum momento, prestar esclarecimentos. Eu o fiz sem advogado e sem me recusar a responder nenhuma pergunta. Respondi todas as perguntas”, disse.

 

Eduardo Siqueira ainda disse que não se incomodou com a presença dos policiais em sua casa. “Deponho onde eu for chamado. Não me incomoda. Não fico revoltado nem indignado. Eles estão fazendo o trabalho deles. Não preciso dizer que não tenho nada a declarar, nem me esconder da imprensa”, alfinetou.

 

O parlamentar aproveitou para tecer críticas e afirmou que não se abala com a situação. “Eu só separo aqueles que entraram na vida pública para enriquecer, fazer patrimônio. Deve ser um momento conturbado para quem fez patrimônio, para quem está cheio de lote, de casa, de bens. Eu não tenho nada a esconder. Minha vida é muito simples e conhecida”, garantiu.

 

Sem defesa

Portal T1 Notícias conversou também com Renato de Oliveira, advogado do parlamentar, que explicou que no momento não será elaborada nenhuma defesa, pois, segundo ele, Eduardo não é investigado. “Ele ainda está em fase de inquérito. Não é processo ainda. Ele não está na condição de réu, nem nada disso. Caso ele seja processado, naturalmente, a defesa será realizada. Por enquanto ele está prestando esclarecimentos como testemunha”, pontou Oliveira.

 

O advogado informou ainda que não houve execução de mandado de busca e apreensão na casa do deputado. “Ele entregou computador e celulares porque ele quis. O mandado foi apenas de condução coercitiva”, reiterou.

 

E Eduardo complementou: “abri meu cofre, dei-lhes acesso a tudo, dei minhas senhas de celular, computador e redes sociais. Não sou portador de armas, não guardo dinheiro em espécie em casa, minhas transações são todas feitas no banco. Abri todas as minhas pastas de imposto de renda. Eles tiveram acesso a tudo”, alfinetou novamente.

 

Acusações infundadas

Em nota à imprensa nesta tarde, o deputado Eduardo Siqueira Campos voltou a dizer que “não foi acusado de ter recebido diretamente qualquer vantagem indevida e que também não crê que qualquer pessoa que tenha com ele trabalhado como agente publico o tenha feito”.

 

Conforme a nota, o deputado “disse que dispensou o acompanhamento de advogado durante o depoimento e que não utilizou o direito de permanecer em silêncio, respondendo prontamente a todos os questionamentos”.

 

Confira na íntegra:

 

Nota

Após prestar esclarecimentos na superintendência da Polícia Federal em Palmas, nesta quarta-feira, 30, o deputado Eduardo Siqueira Campos (DEM) reafirmou que não foi acusado de ter recebido diretamente qualquer vantagem indevida e que também não crê que qualquer pessoa que tenha com ele trabalhado como agente publico o tenha feito. O parlamentar acredita que a acusação às pessoas citadas são infundadas e que as investigações provarão isso. O deputado disse também que não existem acusações diretas a ele. 

 

Eduardo Siqueira afirmou também que, enquanto homem público, entende ter a obrigação de prestar esclarecimentos sempre que for solicitado. O deputado disse que dispensou o acompanhamento de advogado durante o depoimento e que não utilizou o direito de permanecer em silêncio, respondendo prontamente a todos os questionamentos.

 

O parlamentar disse que o fato não o incomoda e que concedeu acesso irrestrito à sua residência, inclusive fornecendo senhas de seu computador e de seu aparelho celular, para que os policiais pudessem realizar seu trabalho. Os agentes também tiveram acesso a todos os documentos mantidos em sua residência.

 

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(Atualizada às 15h55)

 

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