Siqueira Campos relata história de luta pela criação da mais jovem capital do país

“Eu tomei posse no dia primeiro de janeiro de 1989 e comecei a me dedicar à decisão de construir a capital no dia 19 do mesmo mês" conta o ex-governador

Siqueira sobrevoando a região de Palmas, 1989
Descrição: Siqueira sobrevoando a região de Palmas, 1989 Crédito: Márcio Di Petro

Dois fatores foram decisivos para a escolha do lugar onde seria construída Palmas, a capital do Estado do Tocantins:  o centro geodésico do Brasil e estar situada à margem direita do rio Tocantins. A revelação é do ex-governador do Estado e criador de Palmas, Siqueira Campos. Sua localização fortaleceu a economia e resgatou uma região que, antes, era chamada de “corredor da miséria” e, hoje, é grande produtora e exportadora de grãos.

 

“Eu tomei posse no dia primeiro de janeiro de 1989 e comecei a me dedicar à decisão de construir a capital no dia 19 do mesmo mês. Vindo de Miracema, sobrevoei de avião várias áreas e escolhi uma área de 70 por 70 quilômetros, para, em qualquer parte dela, construir a capital. Foi o lugar mais bonito, o melhor lugar de toda essa região”, disse Siqueira, em entrevista exclusiva.

 

O ex-governador afirmou que procurou com muito cuidado, para deixar a capital num local que, incontestavelmente, era o melhor lugar do estado para construir sua capital. Ele lembra que, a exemplo de Brasília (DF), Palmas também foi planejada e construída para ser uma capital.

 

“Hoje, Palmas está fazendo 30 anos. É a maior cidade do estado, feita praticamente do nada. Desde a escolha do terreno que lhe abriga, do início de sua construção, ela continua abrigando muitos tocantinenses e brasileiros, para construírem a mais formosa, atraente e amada capital brasileira”, exaltou Siqueira Campos.

 

Continuando sua análise sobre a localização e construção de Palmas, Siqueira disse: “Temos aqui o rio Tocantins, que nos permitiu a hidrelétrica Luis Eduardo Magalhães. Ah! Como eu me orgulho disso! Uma hidrelétrica que manda energia para Brasília, para São Paulo, além de abastecer todo o Estado do Tocantins”.

 

Segundo Siqueira Campos, ao ser construída do lado direito do Tocantins, Palmas resgatou uma região que era conhecida como corredor da miséria. “Com Palmas, anexamos a área do sudeste, leste e norte, à direita do rio Tocantins. Introduzimos essa área no mapa do Tocantins. Ela ia ficar abandonada, totalmente abandonada. Eu decidi fazer do lado da margem direita do rio Tocantins por causa disso, obedecendo ao fato de também estar localizada no centro geodésico do Brasil”, reforçou.

 

“É uma maravilha o que nós temos conseguido nessa área antes tão abandonada. Hoje é uma área em pleno desenvolvimento. Palmas, hoje, é um orgulho e um exemplo para o Brasil de como os administradores têm que agir. Eles têm que planejar, têm que fazer a melhor escolha”, reforçou o ex-governador do Estado.

 

Ao encerrar a entrevista, o criador de Palmas mandou uma mensagem: “Eu te saúdo, Palmas, como saudaria uma filha que renasce a todo momento. Renasce agora, quando estou cheio de uma alegria que não acaba, e está sempre renascendo. Renasce pelos seus próprios meios. Palmas tem a melhor gente do Brasil, com a qual podemos conviver em harmonia. Homens e mulheres que aspiram que todos possamos viver bem. Parabéns, Palmas!”, disse.

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