Um show de inconveniências no palco do Araguaia

Cheio de piadas e bem à vontade, Bolsonaro foi.... Bolsonaro na sua passagem pelo Tocantins. Um festival de bobagens e preconceitos na reunião com prefeitos no Araguaia

Crédito: Márcio Vieira - Governo do Tocantins

A passagem do presidente Jair Bolsonaro pelo Tocantins esta semana teve de tudo um pouco.

 

Desde a tietagem no aeroporto, ao assédio ao presidente no Palácio Araguaia pelos que ainda seguem seus fãs.

 

A Presidência da República é pelo peso e importância um cargo que inebria. Quem está nele, já dizia o ex-presidente José Sarney, imagina-se num paraíso e tem a falsa ilusão de que não vai passar. Mas passa.

 

Foi assim, nesse status de todo poderoso, que Bolsonaro chegou ao Tocantins. Enciumando os primeiros apoiadores (vide o movimento de Antônio Jorge, com faixa e tudo na avenida) e atraindo a corte.

 

Para o Tocantins, a título de efeitos práticos, a proximidade com o comandante do Alvorada é boa. O trânsito e a influência de Eduardo Gomes (MDB) hoje fazem milagres. Carlos Gaguim (DEM) é talvez o mais forte expoente da bancada federal, e assim segue o baile.

 

Mas quem foi não se esquece de como impressiona a sequência de bobagens que o presidente fala, seja para atrair os risos da plateia, seja para reforçar seu perfil conservador e autoritário. 

 

Ridicularizar o trabalhador que teve sua expectativa de aposentadoria prolongada, mandando “comprar lote no cemitério para não atrapalhar a família”, enfiar no discurso seu horror à existência de milhares de famílias diversas da tradicional, é bem coisa de Bolsonaro.

 

Um homem que segue abaixo da média do que se espera de um presidente da República.

 

 

 

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