Miranda percorrerá 20 cidades e conversa com pré-candidatos ao governo pela oposição

O ex-governador não confirma nem nega sua candidatura para as eleições de 2022, mas segue agenda de pré-candidato.

Ex-governador Marcelo Miranda
Descrição: Ex-governador Marcelo Miranda Crédito: Reprodução

O ex-governador Marcelo Miranda não confirma nem nega candidatura ano que vem, mas está numa agenda de pré-candidato. Em entrevista ao portal na tarde desta segunda-feira, 18, Miranda confirma que já rodou 40 municípios e que está “ouvindo os companheiros”. Seu nome tem sido lembrando, segundo conta, tanto para Governo quanto para Senado. “O que é um privilégio nesses tempos em que as pessoas não querem ouvir falar de política”, comenta.

 

“Tenho conversado com o Ronaldo (Dimas), com o Laurez, com o Ataídes, com o Paulo (Mourão), Damaso e com o Tabocão, que desistiu. Tem sido uma conversa boa, leve, em torno do que é melhor para o Estado. Do jeito que as coisas estão, não podemos nos omitir”, resumiu. Miranda acredita que se prevalecer o entendimento, acima do ego de cada um, pode nascer daí uma chapa forte.

 

Criticado pelos compromissos financeiros que deixou em aberto, folha de pagamento do funcionalismo atrasado, ele devolveu a crítica: “o governador disse outro dia que recebeu o Estado endividado, ora, dívida rolando vem desde o início do Estado. Todos nós recebemos assim. Agora, dizer que pegou o Governo com três meses de salário atrasado, é uma inverdade. Ele não sabe o que está dizendo”.

 

Miranda ponderou que era preferível que o governador Mauro Carlesse desse “nome aos bois”. “Fica difícil, do jeito que ele generaliza. Por que ele não é específico? Diga que eu vou responder. Estou preparado para esta discussão. Vou falar o que eu fiz e o que eu deixei de fazer e porque. Hospital de Gurupi e de Araguaína, recursos que a senadora Kátia arranjou. Não fiz porque não tinha dinheiro.  E Gurupi, ele terminou? Por que ainda não terminou? Então é muito fácil falar”, rebateu Miranda.

 

Contas rejeitadas, reenviadas ao Legislativo

 

O ex-governador estranhou o reenvio de suas contas de 2009 para a Assembleia Legislativa. “Ouvi de um deputado que isso ai é coisa claramente política. Contas de governador se aprecia uma vez. As minhas foram rejeitadas. E não houve dolo, se não houve dolo, não há inelegibilidade. Agora, depois de rejeitadas, que isso gerou um questionamento lá em 2014, quando fui candidato, a eminente desembargadora Etelvina, manda de volta para a Assembleia. Não dá para entender. Isso prescreveu. Já foi objeto de uma liminar naquela eleição”, conta Miranda.

 

Sem inelegibilidade o ex-governador pode disputar qualquer cargo eletivo.

 

Elogios à Bancada Federal

 

Miranda disse ainda que tem acompanhado a briga de Carlesse com a senadora Kátia Abreu, uma troca de farpas contínua. “O que eu quero dizer é que essa bancada é muito boa de serviço. Tem que respeitar nossos deputados e senadores. Do jeito que ele fala (o governador), fica parecendo que o Estado só tem um senador e dois deputados. Não é verdade. A bancada tem trabalhado muito, trazido muitos recursos para os municípios”, vaticinou.

 

“Eu fico orgulhosos de chegar no Bico e ver as obras que estão acontecendo lá por exemplo, com recursos da deputada Dulce Miranda. Ela destinou recursos para o Hospital de Augustinópolis, eu estive lá e a obra está acontecendo. Isso que tem que prevalecer, o interesse do Estado. Torço para isso: que as obras tenham continuidade”.

 

O ex-governador disse que tem percorrido os municípios de carro e que em muitos lugares “quase não dá para passar”. Ele cita o trecho de Dueré a Formoso, onde afirma que o asfalto acabou. “Por outro lado estou vendo muito asfalto aí passando na porta de chácara e de fazenda de gente importante. Tenho visto boi saindo e boi entrando. A gente vê muita coisa percorrendo o Estado”, finalizou.

Comentários (0)