Marcelo Miranda avalia medidas de Dilma como positivas; Olyntho critica CPMF

O governador esteve no anúncio das medidas anunciadas nesta segunda pelo governo federal e disse que viu a intenção de todos em ajudar o Brasil. Para Olyntho Neto as medidas são vergonhosas.

O governador Marcelo Miranda (PMDB) falou na manhã desta terça-feira, 15, que está empenhado em resolver a atual situação do Tocantins e do Brasil. A fala do governador se deu após o anúncio dos cortes nos gastos públicos na ordem de R$ 26 bilhões anunciados na segunda-feira, 14, pela presidente Dilma Rousseff (PT). Miranda esteve presente no anúncio, se somou a mais 17 governadores e disse que o que assistiu ontem “foi o desejo de resolver os problemas do Brasil e levar o país ao avanço”.

 

Entre as medidas está o adiamento de reajuste de salário dos servidores federais para agosto do ano que vem, suspensão de concursos públicos para o Executivo, redução do gasto constitucional com a Saúde, reforma administrativa, cortes no Minha Casa Minha Vida e nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento, além de uma medida que tem gerado polêmica, que é o retorno da CPMF nas operações bancárias com a alíquota de 0,2%.

 

Marcelo Miranda informou que a cobrança do imposto vai para a União e a presidente Dilma deixou a missão para cada governador conversar com as bancadas dos Estados, visando que o valor arrecadado seja também destinado às 27 unidades da Federação. “Amanhã [quarta-feira] estaremos em Brasília novamente para ver algumas alternativas para que os estados sejam agraciados de alguma forma. Vamos fazer a nossa parte”, explicou o governador.

 

Para Miranda é preciso que todos “deem as mãos para que o país possa sair da conjuntura que nós estamos assistindo” e neste sentido a presidente Dilma também já iniciou uma série de reuniões junto aos deputados federais e senadores para garantir que as medidas anunciadas ontem, já que a maioria precisa de aprovação do Congresso Nacional como é o caso da CPMF, sejam aprovadas.

 

Repercussão na AL

O deputado Paulo Mourão (PT), que também é líder do governo na Assembleia Legislativa, repercutiu o anúncio na Casa de Leis e lembrou a reunião do Fórum de Governadores do Brasil Central, que aconteceu em Palmas na última sexta-feira, 11. “O consórcio interestadual é uma saída inteligente. Precisamos qualificar melhor os gastos e nos unirmos”, disse o deputado.

 

Na oportunidade Mourão lembrou que de 2003 a 2013 o Brasil gerou mais de 22 milhões de empregos e aumentou a renda e o poder de compra da população. Para ele o passo seguinte é o do desenvolvimento sustentável. “É preciso entender que um país de dimensões continentais como o Brasil é necessário ter calma e pensar no brasileiro. É o assalariado que precisa de apoio, com políticas que garantam a continuidade do emprego e da renda”, explicou.

 

Quanto a CPMF e outras revisões fiscais, Mourão destacou que assim como o governo Federal pretende fazer é preciso pensar na revisão tributária no Tocantins. “Precisamos dar qualidade ao processo tributário sem aumento de impostos, mas com revisão de cadeias que foram desoneradas e precisam ser revistas para que possamos dar equilíbrio fiscal ao Estado”, finalizou.

 

Medidas vergonhosas

O deputado Olyntho Neto (PSDB) não poupou críticas aos cortes anunciados pelo governo federal e para ele são “medidas vergonhosas”. “É uma vergonha colocar em pauta a CPMF que já tinha sido enterrada. O brasileiro não pode pagar a conta desse tanto de coisa ruim, desse rombo que a corrupção gerou nos cofres públicos”, disparou.

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