Dorinha lamenta teoria de Weintraub sobre drogas nas universidades brasileiras

A deputada considera que o Ministério da Educação (MEC) deveria voltar a atenção às políticas públicas para a Educação Infantil e aos debates sobre o Fundeb

Crédito: Divulgação

Na véspera da votação orçamentária, com recursos reduzidos para a Educação em 2020, a deputada professora Dorinha (DEM) criticou a importância atribuída pelo ministro Abraham Weintraub às denúncias de supostas plantações de maconha e laboratórios de drogas nas universidades públicas. Veja o vídeo.

 

"Temos assuntos muito importantes que precisam ser enfrentados. Nós vamos votar, ainda esta semana, o orçamento da Educação. Infelizmente os recursos para investimentos estão reduzidos", enfatizou.

 

A deputada também considera que o Ministério da Educação (MEC) deveria voltar a atenção às políticas públicas para a Educação Infantil e aos debates sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que na avaliação da parlamentar "precisam ser atualizados".

 

Weintraub foi convocado pela Comissão da Educação da Câmara dos Deputados e questionado durante sete horas, nesta quarta-feira, 11, a respeito de uma declaração à imprensa, feita no mês passado, afirmando a institucionalização da produção e comercialização de entorpecentes dentro das universidades públicas. Em específico, ele citou a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de Brasília (UnB), chegando a afirmar a existência de laboratórios que produzem metanfetamina.

 

Durante sua fala na Comissão, o ministro apresentou uma série de reportagens sobre o assunto. Para Dorinha, a abordagem do ministro "generaliza situações pontuais, apresentando-as ao parlamento e a sociedade como práticas normais e corriqueiras das instituições".

 

Prioridades

 

De acordo com o IBGE,  pelo menos 11,3 milhões de pessoas com mais de 15 anos não sabem ler ou escrever no Brasil.  O acesso à educação é uma das pautas prioritárias da deputada Dorinha. Relatora da PEC do Fundeb, a parlamentar acredita na permanência do Fundo - que tem prazo de validade até 2020- e na destinação de mais verbas por parte da União - que hoje banca menos de 10% dos recursos - como mecanismos de fortalecimento e democratização do acesso a educação básica por parte dos brasileiros.

 

Os recursos do Fundeb são aplicados por estados para a manutenção das escolas e remuneração de profissionais da Educação, garantindo o ensino público para quase cinquenta milhões de estudantes.

 

Na Câmara, a proposta que torna o Fundeb permanente aguarda votação em uma comissão especial.

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