Em São Paulo, Kátia Abreu defende papel da mulher na política

Kátia compartilhou experiência de 30 anos de vida pública

Mulheres que exercem papel de liderança em diferentes áreas participaram nesta terça-feira (12), em São Paulo, do painel “Liderança Feminina”, promovido pela Abiquim. A senadora do Tocantins, Kátia Abreu, compartilhou a experiência de ser mulher em ambientes com tradicional maioria masculina: agropecuária e política. Com 30 anos de vida política, a parlamentar lembrou o início da trajetória no campo e os desafios que precisou enfrentar para se firmar como uma liderança nas duas áreas.

 

Kátia lembrou que todas as disputas que participou foram acirradas: presidente do sindicato rural de Gurupi, da Federação da Agricultura do Tocantins (Faet), Deputada Federal, Senadora e presidente da CNA. Em todas, a fórmula foi a mesma: foco, estudo e buscar sempre fazer o melhor.

 

“Durmo cinco horas por noite no máximo, tenho obsessão por leitura e por estudar. Isso é reflexo daquela Kátia lá do início, da Fazenda Aliança, que tinha medo de fraquejar. Esse medo do insucesso nos impulsiona a buscar consistência. Em todos lugares que passei fui a primeira no Tocantins. Inclusive a primeira senadora”, contou.

 

A parlamentar lembrou também a passagem pelo Ministério da Agricultura, cargo que assumiu após desempenhar com destaque a presidência da CNA e com conhecimento de causa, já que sustentou a família por anos com o trabalho do campo. Na Câmara dos Deputados, onde entrou na primeira vez como suplente, Kátia também presidiu a Bancada da Agricultura, na época composta por 180 homens. Na eleição seguinte teve 13% dos votos, sendo a deputada federal mais votada do Tocantins e a terceira do Brasil.

 

Ao fim da conversa Kátia falou sobre a realização de trabalhar na vida pública podendo se colocar no lugar das pessoas que precisam da ajuda do Estado e buscar a solução para os problemas da sociedade. A parlamentar também criticou o avanço do corporativismo dentro do Congresso.

 

“De uma democracia representativa e republicana nós estamos virando uma democracia corporativista. Mas as pessoas que mais precisam – pobres, mulheres negras, jovens com problemas com drogas, os desempregados - não tem corporativismo. O papel do político é conhecer a realidade dessas pessoas, se colocar no lugar deles e buscar soluções. Temos que lutar pelos brasileiros como se estivéssemos brigando por nossos filhos e netos. Só assim teremos uma sociedade justa”, afirmou.

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