Paulo Mourão comenta eleições deste ano: "falta de diálogo é preocupante"

Deputado estadual concorreu ao cargo de Senador nas Eleições 2018, mas ficou em sexto lugar, com 137.654 votos

Parlamentar se pronunciou em plenária na sessão matutina desta quinta-feira, 18
Descrição: Parlamentar se pronunciou em plenária na sessão matutina desta quinta-feira, 18 Crédito: Clayton Kristus

Durante seu primeiro discurso na plenária da Assembleia Legislativa (AL-TO), após eleições, o deputado estadual Paulo Mourão (PT) agradeceu os votos recebidos, mas criticou a sociedade tocantinense e brasileira pela forma como vem escolhendo seus representantes. Mourão concorreu ao cargo de Senador, mas ficou em sexto lugar, com 137.654 votos.

 

O parlamentar lamenta que nessas eleições o eleitor tenha escolhido votar em candidatos sem propostas ou programas de governo, mesmo diante de uma economia em crise e com o desemprego alarmante no país.  “O que fortalece a democracia é o debate das ideias, são os programas de gestão de cada candidato a governador e a presidente” destacou.

 

Falta de diálogo

 

O parlamentar destacou que, no processo eleitoral brasileiro, vem se diminuindo o debate. “A discussão é muito rasa e o processo do conflito, das intrigas e das mentiras tomam conta do dia a dia”, disse. Ele relembrou que o Tocantins está entre os quatros estados do país a descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

 

“Mauro Carlesse assumiu o governo com 55,2% de desequilíbrio fiscal, já chegou a 58,5%. A maioria do povo não está preocupada”, atacou e indagou: “Se a sociedade não se preocupa, quem vai se preocupar? Quem elegeu também é responsável!”.

 

Eleição Presidencial

 

Outra preocupação do parlamentar é com a falta de diálogo do candidato à presidência que lidera as intenções de voto, Jair Bolsonaro (PSL) que já declarou que não manterá diálogo com o Congresso, num momento em que o Brasil precisa passar por uma reforma tributária para voltar a crescer, além de outras reformas como a administrativa e a da previdência.

 

“Convivi com ele na Câmara dos Deputados por dois mandatos e sei que é uma pessoa que não tem diálogo com ninguém”, afirmou. “O candidato que está para ser eleito presidente diz que não tem diálogo com partidos políticos, o futuro ministro da Fazenda defende a total  privatização das empresas públicas, o vice-presidente quer acabar com o 13º salário, se o Brasil vive um regime presidencialista de coalizão que necessita de diálogo com o Congresso Nacional, como esse governo dará certo?!”, perguntou. “O outro caminho será o processo ditatorial, porque onde não há diálogo, há força bruta”, considerou.

 

Paulo Mourão conclamou a população para uma avaliação serena e consciente sobre o que está acontecendo no Brasil, prezando pela democracia. “Não digam que não sabiam, o Bolsonaro tem sido transparente no que ele pensa e no que ele fala, se o povo brasileiro quer como presidente alguém que apoia a tortura, façam bom uso dessa presidência, mas não reclamem no futuro”, disse referindo-se ao elogio de Bolsonaro ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra.

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