Grupo Galpão apresenta espetáculo “Os Gigantes da Montanha” nesta 6ª, em Palmas

A apresentação no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho, às 21 horas, abre a turnê Palmas-Belém.

Espetáculo é nesta 6ª
Descrição: Espetáculo é nesta 6ª Crédito: Ascom

Nesta sexta-feira, 19, o Grupo Galpão estreia em Palmas seu mais recente trabalho, “Os Gigantes da Montanha”. A apresentação acontece no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho, às 21 horas. O espetáculo tem o patrocínio da Petrobras e o apoio da Prefeitura de Palmas, por meio da Fundação Cultural de Palmas. A entrada é gratuita e a classificação é livre.

 

A atriz Lydia Del Picchia fala da expectativa quanto à apresentação na Capital. “É a primeira vez que o Galpão vai a Palmas, estamos com uma grande expectativa! há muitos anos planejamos levar nossos espetáculos para esta região. Então esperamos que seja caloroso e que o público compareça à apresentação dos "Gigantes da Montanha" com a mesma alegria que estamos levando daqui para essa turnê.”

 

Lydia destaca que por onde o Grupo Galpão tem passado com sua mais recente montagem o público tem se encantado. “Acho que o espetáculo leva encantamento às plateias que nos assistem. É um espetáculo de sensações: música, texto, imagens, cores e humor. O encontro de dois mundos mágicos: o mundo do teatro e o mundo fantástico da Vila de Cotrone e seus habitantes, metade fantasmas e metade fantoches!”

 

O espetáculo

O texto “Os Gigantes da Montanha” foi uma escolha do diretor Gabriel Villela, para celebrar o reencontro com o Galpão, que vem com um grande desafio: levar à cena o verso erudito de Pirandello. A fábula narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila isolada do mundo, cheia de encantos, governada pelo mago Cotrone. A trupe de mambembes encontra-se em profundo declínio e miséria, por obsessão de sua primeira atriz, a condessa Ilse, em montar "A Fábula do filho trocado" (peça escrita por um jovem poeta que se matou por amor não correspondido da condessa). Cotrone, o mago criador de "verdades que a consciência rejeita", começa a construir os fantasmas dos personagens que faltam para a companhia montar a peça. Ele convida os atores a permanecerem para sempre na Vila, representando apenas para si mesmos a “A Fábula do Filho Trocado”. Ilse, no entanto, insiste que a obra deve viver entre os homens, sendo representada para o público.

 

A solução encontrada, que resultará no desfecho trágico da peça é sua apresentação para os chamados "Os Gigantes da Montanha", povo que vive próximo da Vila. Os gigantes, por terem um espírito fabril e empreendedor, "desenvolveram muito os músculos e se tornaram um tanto bestiais", e, portanto, não valorizam a poesia e a arte. O ato final da peça, que ficou inconcluso, mas que chegou a ser vislumbrado pelo autor em leito de morte, descreve a cena em que Ilse e a poesia são trucidadas pelos embrutecidos Gigantes.

 

“Os Gigantes da Montanha” traz uma contundente discussão sobre o possível lugar da arte e da poesia num mundo dominado pelo pragmatismo e pela técnica. A morte de Ilse representa a morte e também o renascimento da arte. Como a Fênix que ressurge das cinzas: a velha arte precisa morrer para que novas sensibilidades artísticas brotem e floresçam.

 

Quando morreu vítima de forte pneumonia, em 1936, Pirandello ainda não havia concluído “Os Gigantes da Montanha”, que possui apenas dois atos. Em leito de morte, o autor relatou ao filho Stefano um possível final, que aparece indicado como sugestão para o terceiro ato. Para o Galpão, o fascínio de montar essa fábula está em sua incompletude, que lhe atribui característica de obra aberta, possibilitando múltiplas leituras e interpretações. 

 

(Com informações Assessoria de Imprensa Grupo Galpão)

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