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Campanella diz que Luana tem aval do PCdoB para disputar o que quiser

Deputada se filiou ao partido ontem, 1º de abril, e Campanella afirmou que ela foi convidada para ser candidata na proporcional “para o cargo que quiser”

Crédito: Montagem/T1 Notícias

A filiação da deputada estadual Luana Ribeiro ao PCdoB ontem, dia 1º de abril, está provocando furor na federação estadual do PCdoB.

 

Membros dos partidos PT e PV acusam a deputada de ter entrado “de cima para baixo”, numa imposição da Nacional.

 

Não é verdade. Conforme o Blog apurou nos bastidores com diversas fontes na manhã deste sábado, 2, Luana dialogou muito com segmentos do partido nas últimas duas semanas, num processo de construção que começou com a ala jovem do partido, através do secretário-geral do PCdoB, Emival Dalat, e também junto ao presidente do diretório metropolitano, professor George Brito.

 

O nome da deputada foi apresentado ao representante da Nacional, Marco Antonio Tofetti Campanella, do DF, incumbido de vir ao Tocantins para compor uma nominata forte, que permitisse ao partido romper a cláusula de barreira dos 2% de votos válidos no Estado.

 

Luana foi convidada inicialmente para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, mas refluiu do convite.

 

A grande questão que gera insatisfação entre os membros da federação é a decisão local de que cada partido apresente apenas um candidato de mandato.

 

No PCdoB este nome seria o do deputado estadual Ivory de Lira, que assina o documento prévio, no PT a deputada Amalia Santana e no PV a deputada Claudia Lelis, que fez movimento de expulsão do companheiro de bancada, deputado Issam Saado, para manter seu nome na disputa como única mandatária do PV.

 

Issam pediu desfiliação do partido. Pela manhã, Claudia disse ao Blog que Luana corre sério risco de ficar sem legenda e que está causando constrangimento.

 

Garantia da Nacional para disputar o que quiser

 

Ao T1 Notícias, Marco Antônio Campanella, representante do Comitê Central do PCdoB, disse que a deputada foi convidada a se filiar com a garantia de legenda para ser candidata na proporcional “para o cargo que quiser”.

 

“Ela vem com uma história na política tocantinense, tem boa relação e apoia o projeto do presidente Lula e veio com a proposta de somar no fortalecimento do partido”, pontuou.

 

O dirigente informou que o documento assinado pelo presidente Ivory de Lira não é uma regra geral da federação e não tem o aval da Nacional, nem da direção estadual do PCdoB. “Vamos trabalhar para ter os dois nas eleições. Quem sabe Ivory não vai a federal”, sugeriu Campanella. 

 

A decisão sobre candidaturas acontece daqui até as convenções, que ocorrem em três meses. Até lá, o PCdoB terá tempo para assentar a questão e, pode ainda, compor a majoritária.

 

Procurado pelo Blog, o deputado Ivory de Lira disse que entraria em reunião com a Nacional para entender a decisão e só se pronunciará sobre o fato após ouvir o partido.

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