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Com fim das coligações, páreo é duro para eleger federais: vantagem é dos mandatários

Ter uma nominata forte, fundo partidário, estrutura de gabinete, com as emendas que sustentam os apoio dos prefeitos, faz a diferença na disputa para federal. Veja quem leva a melhor e porque

Crédito: Montagem/T1Notícias

O fim das coligações e a baixa adesão de partidos às federações criou uma realidade completamente diferente da que estávamos habituados a acompanhar na disputa por vagas à Câmara dos Deputados.

 

Com a saída da deputada professora Dorinha para o Senado, são sete candidatos à reeleição, a conferir o que fará o deputado Osires Damaso, a princípio pré-candidato a governador.

 

O mais votado de 2018, deputado Tiago Dimas, está no Podemos, e num grupo onde o pai concorre ao governo do Estado. Dimas é um dos que deve garantir a cadeira, se observarmos que a legenda para federal está na casa dos 90 mil votos, com um dispositivo que estabelece que preenchidas as vagas pelos que atingem a legenda, passa-se a declarar eleitos os candidatos de partidos que alcancem 80% disto, ou seja: 72 mil votos. Sozinho, o deputado federal araguainense bateu a casa dos 71.842 votos na eleição passada. E diga-se: fez um bom trabalho nestes quatro anos, inclusive inovando, colocando recursos para projetos do terceiro setor.

 

Osires Damaso é outro, que mesmo recuando para a reeleição, e estando no PSC, que não se federou com ninguém, precisa de pouca ajuda para retornar à Câmara dos Deputados. Sozinho, teve 58.728 votos na eleição passada. Se optar recuar da pré-candidatura ao governo, fará uma dobradinha com o deputado de Palmas, Júnior Geo.

 

Vicente Júnior chegou ao PP da senadora Kátia Abreu levando companheiros do PL, com potencial de votos para as duas chapas: estadual e federal. A composição feita pela senadora buscou nomes expressivos nas diversas regiões do Estado. Se repetir sua votação de 2018, quase 50 mil votos, e contar com pelo menos 30 mil votos da chapa, estará eleito com tranquilidade.

 

Já o deputado Eli Borges (PL) ficou numa chapa de federal em que está também o vereador de Palmas, Filipe Martins, filho do pastor Amarildo, que lidera a Assembleia de Deus Madureira. Pode haver uma divisão na base dos dois, mas Eli está bem posicionado e leva vantagem.

 

O Partido dos Trabalhadores chegará nesta disputa mais forte que na anterior, quando o deputado Célio Moura -  bastante atuante e correto na distribuição de emendas e máquinas, benefícios distribuídos de forma equânime entre os federais – teve 18.167 votos. O partido conta ainda com a força do deputado estadual José Roberto, que vai a Federal. O PV não descarta uma surpresa na reta final com um nome de peso, na convenção, para disputar esta vaga e romper a cláusula de barreira. O PCdoB pela mesma forma, foi buscar a deputada Luana Ribeiro com esta missão. Luana pensou, refluiu da idéia, mas tem sido incentivada a disputar, uma vez que na eleição passada ficou acima de 19 mil votos.

 

PSDB e Cidadania vão marchar federados, o que dá a convicção da primeira vaga e a expectativa da segunda na sobra. No ninho tucano, a prefeita Cinthia Ribeiro escalou vereadores como Eudes Pereira e Joatan, além do ex-vereador Major Negreiros, que vai disputar a federal. Na frente feminina, o partido aposta em nomes como Martha Ramos, e tem ainda a disposição Fátima Sena, ou Cleizenir, da Educação. Já o Cidadania montou uma nominata equilibrada, que tem desde nomes novos, como Ivan Vaqueiro a antigos, como o ex-vice-governador João Oliveira.

 

O Republicanos, do governador Wanderei Barbosa faz um com certeza – e o favorito é Antonio Andrade - e briga pela maior sobra. Já o União Brasil tem Gaguim puxando a fila (mais de 48 mil votos na eleição passada).

 

O MDB, que ficou sozinho por enquanto, tem na deputada Dulce Miranda uma estrela solitária, que reúne nomes históricos a exemplo de Freire Jr, ex-deputado federal, Derval de Paiva e Iderval Silva. A conferir se a nominada do partido trará novos reforços. Dulce também rompeu a casa dos 40 mil votos na eleição passada e deve buscar bater os 80% da legenda com a chapa do MDB.

 

O PSB de Carlos Amastha apostará nos candidatos regionais para montar uma nominata equilibrada. Amastha conseguiu levar Marlon Reis, o ex-vereador Gerson Alves e, entre as mulheres, além de Thamires do Somos, Aline da Polícia Civil de Araguaína e um Coletivo Militar. Em off, algumas lideranças acreditam que Wanderlei Luxemburgo, que tem a pretensão de uma candidatura ao Senado, poderá recuar para Federal.

 

Outros partidos devem compor nominatas e buscar a Câmara, mas os mais expressivos sem dúvida têm mais chance por dois motivos: tempo de TV e fundo partidário.

 

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