Uma reunião realizada no começo da noite de ontem, quarta-feira, 23, no Araguaia, para discutir o “chapão”, que está em construção, com o objetivo de reeleger 20, dos 24 deputados hoje alinhados com o governo, foi marcada por um momento de estresse entre o governador Wanderlei Barbosa e a deputada Luana Ribeiro (PSDB).

 

Em meio às definições partidárias e ao desafio de compor uma chapa com candidatos com peso (cinco mil votos) sem mandato para fazer legenda -  o grande desafio é achar quem queira ir para uma chapa de mata-mata – Luana saiu com a sugestão: “vamos então para o União Brasil”.

 

O partido, comandado pela deputada professora Dorinha, está alinhado com o pré-candidato a governador Ronaldo Dimas. 

 

A sugestão teve a imediata reação de Barbosa. “Luana nós estamos aqui construindo um projeto com companheiros, não com adversários”, reagiu, duramente. Segundo quem ouviu, o governador seguiu deixando bem claro que quem está com ele, está, e quem não está pode ficar à vontade para deixar o grupo.

 

A ligação de Luana com o ex-governador Mauro Carlesse, a demora em agregar ao grupo palaciano e a marca que ficou quando foi Barbosa o principal articulador da candidatura de Antonio Andrade à presidência são fatores que levantam dúvidas de que a deputada deseja realmente apoiar o grupo.

 

O deputado Eduardo Siqueira Campos -  cotado nos bastidores para ser secretário de Governo de Barbosa – já vem desde o começo do mandato do governador se firmando como um dos articuladores do governo e da chapa. Chegando após a reunião com os deputados ele teria tido um diálogo tenso com o deputado Fabion Gomes outro momento tenso.

 

Na acomodação de deputados nos partidos da base, Fabion se posicionou: “então eu vou ficar no PL mesmo, onde estou”. 

 

Eduardo não teria deixado barato. “Se você ficar lá, se prepara porque depois do dia 2 vou começar tirar um por um da sua chapa, tiro 11 de lá”, disparou. “Você sabe como eu sou”, teria dito.

 

Em telefonema, após a publicação deste artigo, Eduardo Siqueira disse ao Blog que "o dia que houver uma briga entre Eduardo e Fabion, Fabion não é Fabion, e Eduardo não é Eduardo". Ele confirmou ter chegado após a reunião em que houve o episódio entre o governador e a deputada Luana, mas que não houve discussão com o deputado Fabion Gomes. 

 

"O que eu tenho dito, quando me falam que partidos A ou B tem tantos candidatos a estadual, ou a federal, é que eu não estou vendo isso. Abro o site do TRE e não vejo essas filiações. Então, vamos conversar depois do dia 2", pontuou.

 

A missão de terminar de formar essa chapa proporcional continua hoje e nos próximos dias. Até lá não haverá descanso.O fato é que quem tem expectativa de tirar acima de 5 mil votos não quer se alinhar no chapão de deputados com mandato, pois estará sacrificando suas chances de disputa.

A missão é viabilizar uma chapa que faça legenda para possibilitar expectativa de vitória para tanta gente...