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Prefeita em Brasília nesta quinta: reforma, política e redução de gastos no foco

Cinthia Ribeiro tem agenda em Brasília nesta quinta-feira, 14, e deve encontrar o senador Eduardo Gomes. Engenharia administrativa provavelmente só virá após ajustes políticos

Cinthia Ribeiro (PSDB), Eduardo Gomes (MDB-TO) e Professora Dorinha (DEM-TO)
Descrição: Cinthia Ribeiro (PSDB), Eduardo Gomes (MDB-TO) e Professora Dorinha (DEM-TO) Crédito: Edu Fortes/Prefeitura de Palmas

A prefeita Cinthia Ribeiro cumpre agenda em Brasília nesta quinta-feira, 14. Foi à convite do Senador Eduardo Gomes, seu aliado principal em Brasília, ao lado da deputada federal Professora Dorinha.

 

A reengenharia administrativa da prefeita da Capital parou nesse janeiro e deve ser retomada apenas ao longo dos próximos meses. Na verdade, para fazê-la, Cinthia precisa da Câmara. Para enxugar estruturas, fundir pastas, remanejar recursos.

 

Isso só se faz com a maioria consolidada. Sem ruídos de Comunicação. E com pelo menos duas comissões sob o comando de aliados: a CCJ e a Comissão de Finanças, por onde passam os principais projetos de lei dos quais a gestão precisa para avançar.

 

Falta à prefeita um interlocutor que seja para ela o que Divino Allan é para Mauro Carlesse. Alguém que tenha poder de resolução dos problemas e que siga cumprindo o papel de articulador político com a Câmara. E além disso alguém capaz de fazer pontes com os aliados que construíram sua vitória e que podem fazer da sua gestão “puro sangue”, algo diferenciado, moderno e consistente nos próximos quatro anos.

 

Na verdade, Cinthia Ribeiro precisa de um upgrade na sua equipe, começando pela área política. Caberia um outro papel ao ex-deputado Carlos Braga, indicação do próprio Gomes. E alguém com perfil mais ativo nesse papel. Outros quadros, que poderiam contribuir muito como consultores, estão ocupando postos no Executivo sem o resultado que já deram um dia, em outras gestões. A renovação depende da prefeita.

 

O desafio de fazer a sua própria gestão, com suas características e não uma gestão repetitiva é fundamental para o futuro político da prefeita.

 

Se fizer mais do mesmo: pagar regularmente a folha, seguir o cronograma de obras, manter os serviços funcionando, será uma boa prefeita. Mas nada excepcional. Palmas desafia seus gestores a cada dia.

 

É preciso fazer política, fazer pontes e governar para o futuro da cidade. Enxergando “no escuro” do que vem por aí.

 

É hora de pegar o pacote de promessas de campanha, separar o que é estratégico, e escalar o time que vai realizar.

 

Nos bastidores, o Blog apurou que a preocupação manifestada pela gestora aos secretários é de reduzir gastos. Provavelmente reduzirá o gasto com a frota da prefeitura em até 50%. Aos mais próximos, Cinthia prevê um ano de dificuldades ainda na economia, que deve reagir apenas no segundo semestre, após a campanha nacional de vacinação contra a Covid 19.

 

No comando das Finanças, a prefeita descobriu um técnico com perfil político e sensibilidade. Rogério Ramos tem obtido bons resultados, é do quadro técnico da Casa e deve ser mantido. Para os próximos dias vem aí uma medida que vai facilitar o funcionamento das empresas, sem a necessidade de habite-se para conseguir alvará. Algo que desingessa a arrecadação e alivia muitos que trabalham hoje na irregularidade.

 

Facilitar a vida das empresas, promover ações que estimulem a retomada de vagas de emprego, devem ser pauta também da gestão.

 

A educação tem o desafio de fazer o sistema híbrido, evitando ao máximo a volta de aulas presenciais nesse momento de crescimento de casos e alta taxa de ocupação hospitalar na rede pública. A secretária Cleizenir, quadro da cota da prefeita, segundo se ouve nos bastidores deve ser mantida e levar o ano adiante.

 

A Saúde prevê pela frente ainda a necessidade de aporte de recursos para o enfrentamento da pandemia. Uma crise que não acabou e que precisa muito ainda de ser gerenciada.

 

Como se vê, os primeiros meses serão de sancionar e implementar o Orçamento 2021, colocar a Casa em ordem, fazer ajustes políticos e administrativos.

 

Por isso não dá para esperar reforma profunda agora.

 

 

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