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Vacinas: dez dias depois, falta agilidade e transparência em quase todo o Estado

Hoje, 28, faz exatos dez dias que a primeira leva de vacinas contra a Covid-19 chegou ao Estado. Falta agilidade para vacinar a população e transparência...

Crédito: Zezinha Carvalho/Governo do Tocantins

Neste dia 28, faz exatos dez dias que a primeira leva, de 44 mil vacinas contra a Covid-19, chegou ao Tocantins com toda pompa e circunstância. No dia seguinte, as doses foram entregues a Palmas e Gurupi, no segundo dia a Araguaína e depois disso, no Norte e Sul do estado prefeituras se mobilizaram para buscar as doses da CoronaVac.

 

No domingo, 24, marcado pela tragédia da queda do Baron, passou meio que despercebida a chegada de mais uma leva ao Estado: 11.500 mil vacinas de Oxford/AstraZeneca.

 

São 139 cidades do Tocantins com vacinas em mãos e a incumbência de vacinar a população dentro dos grupos prioritários definidos no Plano Nacional de Vacinação divulgado pelo Ministério da Saúde.

 

E aí começam os problemas: quem garante que nas cidades escondidas dos holofotes, onde não estão presentes os conselhos populares, o representante do Ministério Público ou da Defensoria e os olhos atentos da imprensa essa regra estará sendo cumprida?

 

A transparência de secretarias municipais de Saúde deve ser cobrada pelo Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde, sobre quantas pessoas foram vacinadas e quem.

 

As denúncias que já chegaram ao Ministério Público Estadual dão conta de quem em sete cidades teria gente furando a fila. Denúncias ainda não apuradas, diga-se.

 

Servidores da Saúde, na linha de frente do combate à Covid-19, ainda aguardam por informações de quando serão vacinados.

 

Os grupos de idosos acima de 75 anos ainda não começaram a ser vacinados com seus cuidadores.

 

Nos bastidores sabe-se que de indígenas a médicos trabalhadores do sistema de saúde em Palmas (pasmem com a ignorância desse grupo) tem recusado a Coronavac. Apenas em Palmas, tive a informação que 20 médicos do município não querem tomar a vacina. É preciso que a população saiba quem são, até para evitá-los em postos de saúde.

 

Rapidez é essencial: por que a demora?

 

A rapidez na vacinação depende de logística pré-definida de profissionais habilitados para a aplicação. Duas coisas que só existem se houver planejamento e decisão política para vacinar com rapidez.

 

A quantidade de vacinas disponibilizadas até aqui no Tocantins é ínfima. Se a aplicação da primeira dose da Coronavac não for feita em tempo hábil, como ficará a segunda dose, cujas vacinas estão armazenadas no Lacen pela Saúde do Estado?

 

Cuidados paliativos devem continuar

 

O lento escoar da fila de vacinados, que se refletiu num quadro nacional, mostrando o Tocantins na penúltima posição – objeto de crítica da Senadora Kátia Abreu – demonstra que a necessidade de manter os cuidados é ainda maior.

 

Bons exemplos nesse sentido deram os prefeitos de Palmas, Araguaína, Gurupi e Paraíso, reeditando medidas restritivas nesse final de janeiro. Seu exemplo deveria ser seguido, especialmente pelos novos mandatários nas maiores cidades do Estado.

 

Toque de recolher, proibição de aglomerações em espaços públicos, limites de venda de bebidas ajuda e muito. Inclusive a inibir crimes como o barbado assassinato de um jovem de Buritirana no final de semana, em Lagoa do Tocantins. Uma banalidade e completo desprezo pela vida do outro.

 

Máscaras, álcool em gel e distanciamento social ainda vão nos livrar da Covid-19 por muito tempo. A verdade é essa.

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