Balanço da Operação Rodovida mostra redução de 14% no número de mortes em rodovias

Entre 22 de dezembro de 2017 e 18 de fevereiro deste ano, 913 pessoas morreram em acidentes nas estradas federais. Durante a Rodovida 2016/17, foram registrados 1.063 óbitos

PRF aponta redução de 14% em mortes nas rodovias federais
Descrição: PRF aponta redução de 14% em mortes nas rodovias federais Crédito: Divulgação

As ações da Operação Rodovida 2017/18 levaram a uma redução de 14% no número de mortes nas rodovias federais em relação à operação anterior. O balanço foi divulgado ontem, 13, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Entre 22 de dezembro de 2017 e 18 de fevereiro deste ano, 913 pessoas morreram em acidentes nas estradas federais. Durante a Rodovida 2016/17, foram registrados 1.063 óbitos.

 

No Tocantins, a PRF registrou também redução. Na operação 2016/2017 foram registrados 141 acidentes, enquanto que na operação 2017/2018 contabilizou-se 124 acidentes, redução de 12%.

 

Alcoolemia, alta velocidade e ultrapassagens indevidas são as atitudes que mais provocam mortes no trânsito. Segundo o diretor-geral da PRF, Renato Dias, apesar da colisão frontal representar apenas 2% dos acidentes, foi o que mais fez vítimas, quase 30% do total.

 

“Temos que incentivar a educação no trânsito, o trabalho preventivo e a saúde dos profissionais que transportam cargas em veículos pesados neste país. É algo complexo, que envolve várias ações, desde educação e prevenção até punição [com multas]”, afirmou Dias. De acordo com o diretor da PRF, para cada vítima fatal em veículos pesados, ocorrem 35 mortes em outros tipos de veículo.

 

Mesmo com as ações educativas e fiscalizações em pontos estratégicos, os órgãos contabilizaram 13.606 acidentes, uma redução de 7,7% em comparação com os números da operação de 2016/17, que apontaram 14.739 casos. Durante a operação, também foram registradas 13.772 pessoas feridas em acidentes. Na operação de 2016/2017, foram 14.254 feridos, números que mostram queda de 3%.

 

A Rodovida é uma ação integrada com vários ministérios e também órgão estaduais e municipais. Durante o período da operação, ocorreram ações simultâneas e conjuntas em locais e horários preestabelecidos visando aumentar a segurança e fluidez nas rodovias. De acordo com a PRF, a prioridade foi para açõesem locais com maior incidência de acidentes.

 

As fiscalizações resultaram em 418.196 autuações, entre as quais 3.205 por alcoolemia, 28.708 por falta do uso de cadeirinha e 53.101 por ultrapassagem irregular.

 

O excesso de velocidade foi o comportamento indevido campeão de autuações no período, com 459.565 flagrantes nos radares da PRF e 2.554.221 nos radares administrados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Durante a Rodovida, também cresceu a apreensão de armas e drogas.

 

Realizada desde 2011, a Operação Rodovida tem por objetivo reduzir a gravidade dos acidentes, para evitar mortes, e seus custos sociais. Estima-se que o custo social de acidentes em rodovias federais no ano passado tenha chegado a R$ 8,9 bilhões, conforme levantamentos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da PRF, publicado em 2015.

 

De acordo com a PRF, com a redução do número de acidentes, feridos e mortos por acidentes de trânsito, a economia estimada equivale a R$ 106 milhões, somente durante o período da operação.

 

O objetivo da PRF é alcançar a meta da Organização das Nações Unidas (ONU), que proclamou o período de 2011 a 2020 como a Década Mundial de Ação pela Segurança no Trânsito, para redução de 50% do número de mortes.

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