Em carta ao Papa, Kátia Abreu pede vacinas e apoio a medidas sanitárias no Brasil

“Nesta pandemia, não haverá solução que não seja plenamente universal”, diz a senadora ao pontífice

Senadora Kátia Abreu (PP-TO).
Descrição: Senadora Kátia Abreu (PP-TO). Crédito: Beto Barata/Agência Senado

A presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, senadora Kátia Abreu, enviou nesta quinta-feira, 8, uma carta ao Papa Francisco, na qual pede apoio à quebra de patentes a fim de garantir o acesso de toda a população à vacina contra a Covid-19. A parlamentar ainda solicita que o pontífice reafirme ao povo brasileiro a necessidade das medidas sanitárias para controle da difusão do vírus.

 

Kátia Abreu afirma na carta que “nesta pandemia, não haverá solução que não seja plenamente universal”. O documento deverá ser entregue formalmente à Santa Sé por meio da Embaixada do Brasil no Vaticano.

 

“Rogo para que, das sacadas do Vaticano, conclame organismos internacionais, governos influentes e grandes empresas privadas a que abram as patentes de vacinas contra a Covid-19 e, assim, compartilhem com todos os países em desenvolvimento esse medicamento de caráter humanitário. Somente assim, Santo Padre, será possível caminhar, na velocidade necessária, rumo à imunização rápida e gratuita de todos os habitantes do planeta, sobretudo os mais pobres”, diz a senadora no documento.

 

A senadora pede para que o Papa reafirme aos brasileiros que é necessário união para controle da crise. Segundo a parlamentar, questões básicas de cuidado sanitário continuam a ser questionadas, levando centenas de milhares de pessoas a mortes desnecessárias.

 

“Imploro ao coração misericordioso de Vossa Santidade para que fale ao povo brasileiro sobre a necessidade do uso de máscaras e da constante higienização das mãos, sobre a importância do distanciamento físico e sobre a importância de manter os ambientes arejado. Fale também, querido e bondoso pastor, sobre como é vital, em casos de crise sanitária aguda, o fechamento parcial ou integral de cidades – chamado lockdown – para evitar que o vírus se disperse e mate ainda mais inocentes. Explique o quanto tais medidas preventivas são indispensáveis, enquanto a imunização definitiva não chega e não atingimos os níveis de segurança recomendados pelos especialistas”, afirma.

 

Kátia Abreu ainda destaca que as disputas políticas no país vêm agravando ainda mais o cenário, sobrepondo-se à busca do bem comum. “Discussões pueris sobre questões que há muito deveriam estar mais do que aplainadas, nos confundem e abatem, escurecendo a consciência de nosso povo. Muitas vozes poderosas, em lugar de educar e esclarecer a população, acabam por semear a cizânia, ofuscando com isso a necessária mensagem sobre as formas corretas de proteger-se, proteger ao próximo e sobreviver a esta imensa tragédia”, diz Kátia.

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