Em crise, operadora brasileira de turismo pede recuperação judicial em São Paulo

A Nascimento, que está entre as cinco maiores operadoras de turismo do País, operando principalmente com viagens internacionais, entrou com pedido de recuperação judicial, devido crise financeira.

Uma das cinco maiores operadoras de turismo do país, a Nascimento entrou com pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira, 20, em São Paulo. A empresa enfrenta problemas financeiros agravados pela crise econômica e a alta do dólar. A maior parte dos roteiros que a empresa oferece é voltada para viagens internacionais.  Com a apreciação da moeda norte-americana, a Nascimento teve a receita duramente afetada, ampliando os custos de operação da companhia.

 

Apesar do pedido de recuperação, entregue ao Tribunal de Justiça de São Paulo, a Nascimento mantém suas operações normalmente. A empresa tem um prazo de 60 dias para apresentar um plano de recuperação. O presidente e fundador da empresa, Eduardo Nascimento, disse que a operadora não resistiu à pior crise de sua história.

 

O maior problema foi o corte de crédito de fornecedores internacionais (a quem a Nascimento deve) e, segundo o presidente da operadora, há cerca de 300 passageiros com bilhetes emitidos, mas que não terão hotel em suas viagens. Eduardo Nascimento afirma que “se empenha na busca de soluções para seus clientes”.

 

Criada em São Paulo em 1961, a Nascimento conta com escritórios em Santos, Sorocaba, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro. Ao longo de 2014, negociou a venda da operadora para a CVC. Mas no início deste ano as negociações foram encerradas.

 

Caso semelhante

No ano passado a Marsans, outra grande operadora de turismo do Brasil, entrou em recuperação judicial. A empresa deixou 4.500 clientes na mão. Por não apresentar o plano de recuperação judicial no prazo previsto, teve sua falência decretada pela Justiça em setembro do ano passado. A operadora devia R$ 57 milhões e pertencia à Graça Aranha RJ Participações, controlada pela GDF investimentos, que tem entre seus investidores o doleiro Alberto Youssef, o qual é investigado pela Operação Lava-Jato.

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