Fayed, envolvido em esquema de propina ao Igeprev, é preso novamente pela PF

Doleiro foi preso acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Miqueias, deflagrada em 2013 pela PF. Esquema de corrupção pode ter gerado prejuízo bilionário ao Igeprev

Operação combate fraudes a fundos de pensão
Descrição: Operação combate fraudes a fundos de pensão Crédito: Foto: PF

Foi preso nesta quinta-feira, 17, pela Polícia Federal, o doleiro Fayed Trabously, suspeito de tentar atrapalhar a Operação Miqueias, investigação sobre corrupção e lavagem de dinheiro de fundos de pensão de prefeituras municipais deflagrada em 2013 pela Polícia Federal. Fayed é apontado como chefe de esquema no qual o Igeprev do Tocantins é citado em depoimento de Alberto Youssef, também doleiro.

 

De acordo com reportagem de O Globo, a prisão do doleiro foi decretada pela 10ª Vara Federal de Brasília a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Fayed é suspeito de atuar na lavagem de dinheiro para importantes políticos do país.

 

Em julho deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça, em duas ações penais, Fayed Antoine Traboulsi e mais 42 pessoas por crimes como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, apurados no âmbito da Operação Miqueias.  Fayed é apontado como chefe de uma quadrilha especializada na lavagem de dinheiro frutos de corrupções no país.

 

As investigações apontam que a quadrilha usava mulheres bonitas e sedutoras, conhecidas como "pastinhas" para convencer prefeitos a aplicar recursos de fundos de pensão de servidores em títulos podres. Os lucros obtidos nas transações eram partilhados entre os envolvidos. Os prejuízos recaíam sobre os cofres dos fundos de pensão.

 

Igeprev

A Polícia Federal investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro avaliado em cerca de R$ 1 bilhão, fruto de investimentos em fundos sem segurança, de recursos do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev).

 

Conforme apurado pela revista Época, em dezembro do ano passado junto ao Ministério Público do Tocantins, "o Instituto fez investimentos nos fundos sem qualquer análise de risco e fora dos limites permitidos por lei, além da concentração de recursos em fundos do mesmo grupo econômico, a BFG Porcão". Ainda segundo a publicação, nos exercícios financeiros de 2011 a 2014, os gestores movimentaram os ativos de toda a Carteira de Investimentos dos recursos do Igeprev-TO, que representaram R$ 3.350.554.087,93. O documento apontou que 34 fundos eram irregulares.

 

Quando a Operação foi deflagrada, a PF esclareceu que o nome refere-se a Miqueias que denunciava os governantes, chefes e ricos das cidades de Jerusalém e Samaria que roubavam o povo através da língua enganosa, com armadilhas, exigiam presentes e subornos.

 

(Com informações de O Globo)

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