Fipe prevê que inflação medida pelo IPC será maior em 2013

Para Fipe, o grupo Alimentação deverá ter alta mais morada em 2013, uma vez que em 2012 sofreu com a falta de matéria-prima do setor agrícola.

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou nesta sexta-feira,4 que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da capital paulista é de uma taxa acumulada de 5,40% em 2013. Em 2012, o índice acumulou inflação de 5,10%.

A estimativa é de IPC mais elevado em relação a 2012 em função da expectativa de continuidade da recuperação econômica. Mas como isso se dá em ritmo moderado, a inflação também não deverá ficar tão acima da vista no ano passado. "A tendência da economia é seguir em retomada lenta. O que pode acontecer é a economia ficar abaixo do que é esperado pelo governo e haja mais prorrogações de incentivos", disse o coordenador do IPC, Rafael Costa Lima.

Alimentação

Em 2013, segundo o coordenador, o grupo Alimentação, que no ano passado subiu 10,29%, tende a ter alta bem mais moderada, uma vez que em 2012 tais preços sofreram com o choque na oferta de matérias-primas agrícolas. "As commodities tendem a voltar a um preço de equilíbrio. Não deveremos ter choque novamente", disse.

Porém, Costa Lima chamou a atenção para o fato de que neste ano o setor de Transportes, por sua vez, não deve ter desempenho tão bom quanto o visto em 2012, quando a alta acumulada foi de 0,21%. "O ano deve ser de impacto maior da inflação em Transportes, com as previsões de reajuste de gasolina e tarifas de ônibus", explicou.

Janeiro

A previsão para o IPC em janeiro é 0,96%. Em dezembro, ficou em 0,78%. De acordo com o coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, para janeiro, contudo, há uma "incerteza em relação ao 0,96%" por causa da expectativa de reajuste na tarifa de ônibus em São Paulo. "Se houver recomposição do IPCA dos últimos dois anos na tarifa, o IPC será de 1,20%", disse.

Além da possibilidade de aumento na passagem de ônibus, a sazonalidade do mês é desfavorável para os preços por causa dos tradicionais reajustes nas mensalidades escolares, o que deve, nas contas da Fipe, levar o grupo Educação a um avanço de 7,07% este mês, ante 0,15% em dezembro.

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