Justiça concede prisão domiciliar a Cachoeira e outros presos em operação da PF

Desembargador acolheu pedido de habeas corpus da defesa de Cavendish, ex-dono da Construtora Delta. Todos os envolvidos terão de cumprir prisão em casa e precisarão usar tornozeleiras eletrônicas

O desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, concedeu prisão domiciliar para Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, Adir Assad, Marcelo Abbud, Cláudio Abreu e Fernando Cavendish, alvos da Operação Saqueador, da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira, 30. A decisão do magistrado foi tomada em segunda instância nesta sexta-feira, 1º, e reverteu a prisão preventiva, determinada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

 

Athié acolheu pedido de habeas corpus da defesa de Cavendish, ex-dono da Construtora Delta. O empresário desembarcou no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, por volta das 5h deste sábado, 2, e foi detido pela Polícia Federal. Ele passou pelo IML e foi levado ao presídio Ary Franco, na zona norte do Rio. “A decisão do magistrado reverte a prisão preventiva em prisão domiciliar até que seja comprovada ocupação regular. A defesa reitera ainda que, consciente da legalidade dos seus atos, Fernando Cavendish sempre atendeu às solicitações da autoridade policial e assim continuará a fazer no âmbito do inquérito policial".

 

O advogado de Assad e Abbud, Miguel Pereira Neto, disse que a decisão do desembargador restituiu equilíbrio ao processo. “Eu considero que existe o mais grave. O processo tem que ser equilibrado, existe uma paridade de condições. Esta investigação começou há cinco anos, o Ministério Público não tinha visto nenhum tipo de necessidade para requerer prisão lá atrás, não tendo acontecido nada de novo para decretar uma prisão. O desembargador foi consciencioso e razoável”, disse Pereira Neto.

 

Todos os envolvidos terão de cumprir prisão em casa e precisarão usar tornozeleiras eletrônicas. A decisão judicial os obriga a se afastarem dos comandos das empresas investigadas. Além disso, os empresários ficam proibidos de viajar e devem entregar os passaportes à Justiça.

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