À CNN, Cinthia defende que gestores avaliem com critério retorno de atividades

A prefeita de Palmas também comentou, neste domingo 2, sobre a falta de coordenação por parte do governo federal

Para Cinthia, gestores têm de avaliar retorno de atividades com responsabilidade
Descrição: Para Cinthia, gestores têm de avaliar retorno de atividades com responsabilidade Crédito: Reprodução

A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), concedeu, neste domingo, 2, ao vivo,  entrevista ao programa ‘CNN Domingo Manhã’, na CNN Brasil. Durante sua fala, a gestora defendeu que gestores municipais e estaduais avaliem com critério e responsabilidade, medidas que tratam do retorno das atividades não essenciais afetadas pela pandemia do novo coronavírus. Ela foi questionada pelas apresentadoras do programa sobre como os municípios vão agir diante de uma possível 3ª onda da Covid-19. 

 

Cinthia concedeu a entrevista representando a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), entidade da qual é vice-presidente de Relações Institucionais. “Os municípios passam por demandas crescentes, em particular a preocupação com a chegada das vacinas, mas ainda com um desajuste muito grande na programação do Plano Nacional de Imunização (PNI), o que nos faz repensar com muito critério, com muito cuidado, essa retomada, ou a flexibilização, o retorno das atividades consideradas não essenciais”, avaliou.

 

A prefeita de Palmas também falou da preocupação da FNP com as desigualdades regionais no enfrentamento da Covid-19, e comentou sobre a falta de coordenação por parte do governo federal. “É claro que há diferentes proporções em todos os serviços que são oferecidos, e mais do que isso, a realidade dos diversos municípios brasileiros. Mas a falta de conexão entre o governo central, ou seja, os municípios e estados estão ainda numa orfandade no que diz respeito à construção dessas medidas sanitárias em conjunto com as medidas de isolamento, e ainda dependentes de um plano de imunização que não é eficiente.”

 

Para a vice-presidente da FNP, os números avassaladores da pandemia em 2021, quando apenas no primeiro quadrimestre ocorreram mais óbitos por Covid-19 do que em todo o ano de 2020, levam os gestores locais a repensarem, de forma responsável, as medidas de enfrentamento da pandemia. “Nós vamos ter todo o tempo para reconstruir as várias políticas públicas, mas em primeiro lugar vêm as vidas dos cidadãos, as vidas das pessoas para as quais a gente trabalha.”

 

Questionada sobre a falta de antecipação na tomada de decisões que afetam as atividades econômicas, Cinthia Ribeiro concordou que o ideal seria os municípios poderem programar as medidas de restrição ou flexibilização, mas que a falta de um comando central faz com que as decisões sejam tomadas de acordo com a taxa de ocupação de leitos hospitalares.

 

Conectar

 

Na opinião da prefeita, o mesmo problema é identificado no plano de imunização. “Os municípios trabalham com os diversos planos de imunização. Mas agora, diante de toda a proporção que estamos vivendo, e a falta de critério para essa distribuição (de vacinas) levou a FNP a constituir um consórcio, o maior consórcio público brasileiro, para aquisição de insumos, medicamentos e vacinas”, destacou, lembrando que na última semana, o Conectar esteve em audiência com a Embaixada da China no Brasil para viabilizar a aquisição de vacinas contra a Covid-19.

 

“Para o gestor é muito triste ver o funcionamento da cidade comprometido, mas mais triste ainda é a perda daquelas vidas, que não são meramente estatísticas. E aqui fica a solidariedade da FNP a todas as famílias das vítimas”, disse Cinthia Ribeiro, finalizando com o reconhecimento do valor do Sistema Único de Saúde (SUS) no enfrentamento da pandemia. “Vale pontuar que o SUS realmente funciona, e foi justamente nessa crise que ele foi mais provado. Nosso reforço enquanto gestores públicos é acreditar nas instituições e reforçá-las. E principalmente reforçar as pessoas que estão na linha de frente de comando, os governadores, os prefeitos; eles nunca sentiram tanta necessidade de ter esse apoio das pessoas e delas entenderem que nós estamos aqui para fazer a defesa das vidas de cada uma delas.”

 

Para assistir à entrevista na íntegra, clique aqui.

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