Acusado de executar família de ciganos em Araguaína é condenado a mais de 75 anos

As vítimas foram mortas por engano, quando Carlos Alberto e Cícero chegaram numa caminhonete e atiraram contra um grupo de homens que jogava baralho na frente de uma residência no Setor Nova Araguaína

Vítimas foram assassinadas por engano
Descrição: Vítimas foram assassinadas por engano Crédito: Divulgação

Acusado de executar quatro pessoas em julho de 2012, em Araguaína, Carlos Alberto Pereira, conhecido como Carlos Cigano, foi condenado ontem, 13, a mais de 76 anos de prisão, após ser julgado em Júri Popular. Foram quatro votos a favor da condenação e três pela absolvição. A defesa vai recorrer da decisão. O julgamento aconteceu no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), durou cerca de 10 horas e foi acompanhando por familiares e amigos das vítimas.

 

Entre as vítimas do crime, três pertenciam a uma família de ciganos. As vítimas são Francisca Marahana Pereira Batista, Felix Guida dos Santos, Rangel da Silva Lima e José Feitosa Pereira. Em 2015, o outro acusado pelos homicídios, Cícero Romão Batista, foi condenado a 76 anos de prisão. 

 

Conforme denúncia do Ministério Público Estadual, Carlos Cigano teria fornecido dinheiro e as armas usadas nos assassinatos. As vítimas foram mortas por engano, quando Carlos Alberto e Cícero chegaram numa caminhonete e atiraram contra um grupo de homens que jogava baralho na frente de uma residência no Setor Nova Araguaína. Em seguida, uma mulher grávida de gêmeos e seu marido também foram executados.

 

Ainda de acordo com a denúncia, o objetivo dos acusados era executar pessoas envolvidas em assassinatos de mais de 20 pessoas, ocorridos em três estados diferentes, por conta de uma briga de família. As investigações apontaram também que Cícero queria vingar a morte da mãe dele, assassinada no Pará por ciganos.

Comentários (0)