Agentes orientam moradores de Palmas sobre combate ao mosquito Aedes aegypti

Só nas duas primeiras semanas de janeiro, o número de notificações de casos de dengue aumentou 715%. Foram 742 notificações nas duas primeiras semanas de 2019 contra 91 em igual período de 2018.

As ações estão sendo intensificadas desde novembro do ano passado
Descrição: As ações estão sendo intensificadas desde novembro do ano passado Crédito: Divulgação

Pelo menos oito quadras da Capital receberam na manhã desta quinta-feira, 17, a visita dos agentes de combate às endemias, que bateram de casa em casa, vistoriando os quintais, identificando e eliminando os criadouros e orientando os moradores sobre o alto índice de casos de dengue e a importância de toda a população se envolver no combate ao mosquito Aedes aegypti que deve ser realizado por todos.

 

As ações estão sendo intensificadas desde novembro do ano passado, e de acordo com a Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) só em dezembro mais de 100 mutirões foram realizados na Capital. Entretanto, só nas duas primeiras semanas de janeiro, o número de notificações de casos de dengue aumentou 715%. Foram 742 notificações nas duas primeiras semanas de 2019 contra 91 em igual período de 2018.

 

Uma das quadras visitadas no mutirão foi a Arso 131, onde o senhor Antônio Francisco tem uma oficina e borracharia juntamente com sua residência. Algumas larvas foram encontradas, coletadas e ele recebeu as orientações quanto aos cuidados necessários. “Bato veneno todos os dias para ficar livre desses mosquitos. Sempre olho os pneus após as chuvas para não acumular água. Mas aqui tem muito menino que acaba jogando muitas coisas pelo quintal, aí vem a chuva e vez ou outra a gente encontra alguma vasilha com água como vocês estão vendo aqui”, disse Francisco, que resolveu plantar mandioca na área verde ao lado para ver se os moradores deixavam de jogar lixos e entulhos nela.

 

O aposentado Domingos Francisco de Bessa tem se espantado com o tanto de mosquitos que vêm aparecendo em sua residência. “Tem mosquito demais, por isso bato veneno todos os dias e tenho todo cuidado, estou sempre cuidando das plantas, olhando as vasilhas se tem água acumulada”, afirmou Domingos.

 

A dona de casa Kedna de Moraes viajou antes do Natal, voltou nesta semana e ainda está organizando as coisas em casa. “Passei quase um mês fora e até me assustei com a altura do mato, mas me disseram que aqui choveu muito por isso cresceu tanto, mas ontem mesmo já comecei a capinar. Como tenho animal em casa e muitas plantas procura deixar tudo limpo, o que vocês estão vendo aqui é momentâneo”, disse a dona de casa que foi orientada a eliminar latas com restos de tintas que estavam no seu quintal.

 

Imóveis fechados

 

De acordo com o supervisor da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) para a região Central, Raphael Pontes, a maior dificuldade na região são as casas fechadas. “Muitos moradores trabalham o dia todo e durante o dia a gente não encontra pessoas em casa, mas sempre retornamos porque é muito importante que a comunidade receba as orientações para juntos combater o Aedes que transmite muitas doenças como dengue, zika e chikungunya”, reforça Pontes.

 

Os imóveis para aluguel ou venda, também passarão pela vistoria dos agentes de combate às endemias, por meio de agendamento com imobiliárias e também os ingresso forçado nos imóveis fechados/abandonados.

 

O mutirão segue nesta sexta, 18, nos mesmos locais: quadras da região Orla 14, na Arse 12, Arso 101, Arso 131, Arse 65, Arso 44, Arso 32 e Arno 33, visitando além de residências os estabelecimentos comerciais. Na semana que vem novas quadras serão vistoriadas.

Comentários (0)