Amastha diz que não há motivo para greve e que grupo faz “política de baixo nível”

Prefeito afirma que direito a greve é para ser respeitado, mas sindicato deveria seguir rito legal e não usar motivação política. "Não existe um motivo real para essa greve"

Prefeito de Palmas justifica falta em desfile cívico
Descrição: Prefeito de Palmas justifica falta em desfile cívico Crédito: Divulgação

O prefeito de Palmas Carlos Amastha afirmou em entrevista ao Portal T1 Notícias na tarde desta sexta-feira, 8, que o motivo de sua ausência no desfile cívico de 7 de setembro foram as manifestações políticas de baixo nível de grupo grevista da Educação.

 

“Por um lado, nós sabíamos que haveria uma reação, mas não tão violenta como aconteceu, obviamente”, disse ao explicar que o movimento grevista era esperado devido a Prefeitura de Palmas ter recentemente devolvido aos cofres públicos mais de R$700 mil que havia sido retido para ser repassado ao sindicato. “A lei mudou e agora esse dinheiro descontado do funcionalismo não é mais obrigatório. É uma opção e com a devolução desse valor, o movimento foi deflagrado exatamente no dia seguinte a essa devolução”.

 

O prefeito disse que respeita a greve por ser um direito fundamental que pode e deve ser exercido pelo funcionário quando acha que está tendo atropelado seus direitos. Entretanto, o prefeito ressaltou que especialmente por se tratar da área da Educação, que é um serviço que atinge a maioria da população, o processo deveria ser deflagrado de maneira legalmente correta, seguindo um rito que ele aponta não ter sido seguido pelo Sindicato neste caso.

 

“A motivação política desse movimento é clara, tanto que no dia em que deflagraram o processo na frente da Prefeitura, ninguém estava ali para reclamar direitos, estavam ali para insultar da maneira mais covarde o prefeito. E eu acho que não se consegue absolutamente nada se o intuito for um ataque pessoal, aliás desqualifica o movimento e fica claro que o interesse não é melhorar a vida dos profissionais da educação, mas efetivamente atingir a honra do prefeito e colocar questões politicas de eleições futuras”, afirma.

 

Amastha acrescenta ainda que gostaria de ver os sindicatos fortes, conquistando seus afiliados ao ver o trabalho sendo bem feito, de maneira que elas queiram continuar a contribuir. O prefeito argumenta que cabe às pessoas a decisão de quererem ou não pagar a contribuição ao sindicato.

 

“Ontem quando vi as faixas insultando o prefeito e um grupo muito pequeno ali, preferi obviamente não permanecer e não sacrificar o trabalho de toda a nossa Educação”, justificou sua ausência ao elogiar o desfile. “Foi um trabalho muito bonito, pela primeira vez na região norte, a Avenida Teotônio linda com um público grande. Foi um acerto maravilhoso o desfile no local. Eu seria um combustível para a velha política de baixo nível e as nossas crianças, nossos professores e a população não mereciam um show de tão baixo nível na hora do desfile”, disse.

 

Progressões e data-base

Amastha ressaltou que “os supostos motivos da greve não existem, pois nós estamos pagando as progressões desde quinta-feira, antes da greve; a data-base de mais de 64% do funcionalismo público já foi paga e vamos pagar todos. Nenhuma capital brasileira pagou data-base em um ano de muita retração econômica e o que nos estamos fazendo é único. Temos orgulho da maneira correta como nós estamos lidando com isso, no equilíbrio, queríamos pagar tudo de uma vez, era meu desejo, mas colocaria em risco os limites legais da Prefeitura e a cidade como um todo. Não existe um motivo real para essa greve”.

 

Ar-condicionado em salas

O prefeito ainda falou sobre a instalação dos ar-condicionados em sala de aula. “Pegamos a gestão onde não havia uma sala de aula com ar-condicionado e hoje todos os ar-condicionados de todas as salas de aula já foram comprados, mais de 65% já foram instalados e até o fim do ano todos serão instalados. E para que o problema não seja a conta de energia começamos a fazer nossa própria energia de maneira que o binômio perfeito, ar-condicionado instalado e gerando nossa própria energia, o ar não seja um problema, mas sim uma solução. E isso é por uma decisão da gestão e não por pressão do sindicato, nessa cidade em que o ar é necessidade e não luxo”.

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