Amastha garante pagamento de progressões até abril e pede retorno às salas

O prefeito apresentou a proposta de pagamento da data-base e progressões, recomendou que os grevistas voltem para as salas de aula e reiterou o corte de ponto; Prof. Danilo destacou negociações

Amastha apresenta forma de pagamento da data-base, progressões e retroativos
Descrição: Amastha apresenta forma de pagamento da data-base, progressões e retroativos Crédito: T1 Notícias

O prefeito de Palmas, Carlos Amastha apresentou o escalonamento do pagamento da data-base, progressões e retroativos dos servidores municipais. Na manhã desta sexta-feira, 22, em coletiva à imprensa o gestor esclareceu todos os pontos referente à greve dos professores e a concessão da data-base e demais benefícios dos servidores do município. Amastha destacou que o salário dos professores de Palmas é um dos melhores do país e que não vê motivos para a greve, já que garantiu que tudo o que é direito dos servidores será pago até o final de abril de 2018. Na ocasião também estiveram presentes o secretário municipal de educação, Professor Danilo Melo, e a Diretora da Associação dos Professores da Rede Municipal de Palmas, Rosa Maria da Costa, ambos discordam da continuidade da greve e reiteram que toda a pauta de reivindicações foi negociada e será cumprida.

 

Outro ponto cobrado pelos trabalhadores em educação é o pagamento do retroativo da Data-Base que o prefeito garantiu que até abril de 2018 será pago, assim como as progressões.

 

“A data-base de todos os funcionários dessa cidade serão pagas até dezembro. Esta é a única capital que pode cumprir o compromisso graças as medidas de contenção de despesas. Até o final de abril estaremos pagando retroativo, e ninguém ficará com qualquer direito atrasado. São mais de 30 milhões de reis que serão injetados na economia”, explicou o chefe do Executivo Municipal.

 

Proposta do Executivo

Durante a apresentação, Amastha enumerou os benefícios já concedidos para o quadro da educação em que 2.153 servidores receberam a 1° parcela do retroativo, e 5.229 servidores de nível fundamental, médio e Professor Nível I já recebem com a data-base. Para os demais servidores, o prefeito apresentou uma proposta de pagamento da data-base de forma escalonada. Os servidores que ganham de R$2 mil até R$3.500, terão sua data-base paga a partir deste mês de outubro. Num outro grupo os servidores com vencimentos de R$3.500 a R$5 mil, receberão a data-base a partir de novembro e, por fim, uma parcela pequena de servidores que recebem acima de R$5 mil deverão receber a concessão em dezembro.

 

O prefeito assegurou que até o final deste ano todos os servidores de Palmas terão a data-base paga. “Todo mundo vai receber a data-base até dia 31 de dezembro, independente das circunstâncias, mesmo que para isso eu tenha que fazer cortes de despesas e demissões. O que anunciamos hoje é compromisso”, afirmou.

 

Greve ilegal

Amastha reafirmou que a greve é ilegal e recomendou que os manifestantes voltem para as salas de aula. “Não estamos em greve, o que temos é algumas pessoas que estão faltando ao trabalho, no entanto, mais de 80% dos servidores da educação estão trabalhando. A greve já foi declarada ilegal. Não podemos ensinar às nossas crianças que a lei não deve ser respeitada. As pessoas que não estão trabalhando estão fazendo isso de maneira ilegítima e devem voltar a trabalhar”, avaliou.

 

Acordo e corte de ponto

Questionado sobre o acordo de 2015 que não foi cumprido, Amastha explicou que devido a crise nacional, acabou atrasando o compromisso. “Realmente nós atrasamos porque no ano de 2016 o país passou por uma profunda crise que nos obrigou a atrasar esse compromisso . A gente extrapolou o limite de responsabilidade fiscal, fizemos cortes e agora depois dessas medidas de contenção a gente começou a cumprir esse compromisso. Começamos a pagar antes mesmo da greve ser deflagrada, já estava sendo pago no mês de agosto e até o final de dezembro todos terão seus direitos garantidos”.

 

Na ocasião Amastha reafirmou ainda que o corte de ponto será feito, pois não pode pagar quem não está trabalhando, uma vez que a greve foi declarada ilegal. “Como a sociedade julgaria um prefeito que paga quem não trabalha. É uma responsabilidade com o dinheiro de todos nós. Como vamos pagar quem não está trabalhando?”, argumentou.

 

Pouca adesão e Eleição de diretores

Na ocasião o Secretário Municipal de Educação informou que o cenário nas escolas é positivo, pois há professores e alunos em sala de aula, e informou ainda que toda a pauta reivindicações está sendo negociada. “Estamos com mais de 80% dos funcionários trabalhando. Não faz sentido dizerem que Palmas não faz um bom ensino tendo um dos melhores IDEB’s das capitais do Brasil. Temos hoje só 15 escolas com menos de 100 alunos. 52% de alunos presentes e 72% dos servidores, na administração 90% está trabalhando e quase 60% dos professores em sala de aula”, pontuou.

 

Outro ponto da pauta de reivindicações que está sendo negociado é a eleição de diretores. O secretário garantiu que vai acontecer a eleição, não da forma como quer, pois a proposta da classe é autoritária. “A eleição de diretores vai acontecer. A gestão já tem uma posição sobre isso. Não vamos fazer eleição de diretores para servir o sindicato, vamos fazer para servir a comunidade. Ainda não conseguimos um consenso, mas o modelo que eles querem é autoritário e nós não concordamos. Tivemos uma experiência fracassada de gestão com o sindicato na Escola Caroline Campelo que não queremos repetir nunca mais. Foi um desastre do ponto de vista pedagógico, administrativo e social. Não vamos mais ceder esse tipo de situação. No modelo que eles querem chegou ao ponto da escola aplicar um castigo para os pais. Isso não existe”, avaliou o gestor da pasta.

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