Após diagnóstico de diabetes, mãe e filho se adaptam à nova realidade

A dona de casa Elisângela Gessie Barbosa e seu filho Ryck Manoel, diagnosticado com diabetes tipo 1 há dois anos, lutaram para obter o tratamento adequado

Elisângela Gessie Barbosa e seu filho Ryck Manoel
Descrição: Elisângela Gessie Barbosa e seu filho Ryck Manoel Crédito: Igor Flávio

Nesta terça, 14 de novembro, é o Dia Mundial da Diabetes. Doença que de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) afeta mais de 13 milhões de pessoas no Brasil; 4.623 delas estão em Palmas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semus). Para esclarecer dúvidas sobre a doença e trazer relatos de quem viu sua vida mudar após o diagnóstico, o Núcleo de Comunicação da Semus produziu três reportagens. Na primeira, vamos conhecer a história da dona de casa Elisângela Gessie Barbosa e seu filho Ryck Manoel, diagnosticado com diabetes tipo 1 há dois anos.

 

Em uma casa simples no setor Santa Bárbara, região Sul de Palmas, mora a dona de casa Elisângela Gessie Barbosa com seus quatro filhos, um deles Ryck Manoel que tem oito anos e há dois foi diagnosticado com diabetes tipo 1. A fala simples e o jeito humilde não conseguem esconder a mãe guerreira que ela é; que fez de tudo para descobrir qual doença o filho tinha e depois lutou para obter o tratamento adequado.

 

“Poucos dias antes de completar seis anos, ele começou a fazer xixi na cama, algo que ele nunca tinha feito. Eu claro, brigava com ele. Aí percebi que durante o dia, ele fazia xixi direto, às vezes na roupa. Ele comia muito, mas não engordava, pelo contrário, estava muito magro. Eu ficava encabulada e me perguntava para onde que ia aquela comida toda. Achei até que fosse calazar porque achava que a barriga estava inchada”, conta Elisângela que levou o filho ao Centro de Saúde da Comunidade Santa Bárbara, onde obteve o encaminhamento paro o Hospital Infantil Público de Palmas.

 

No Hospital, ela chegou carregando o filho nos braços e relatou todos os sintomas. “Antes mesmo de fazer a ficha, a técnica de enfermagem fez o dextro (exame de sangue, realizado com aparelho digital para verificar a glicemia) e deu 700. Aí ela falou: seu filho tem diabetes e de imediato ele foi internado. Uma endócrino foi chamada e a partir daí minha vida mudou completamente”, afirma Elisângela, lembrando que Ryck ficou internado 18 dias até estabilizar o quadro de saúde e após o diagnóstico sofreu outras quatro internações. O organismo de Ryck não se adaptou às insulinas ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por isso, com o apoio da Defensoria Pública do Tocantins ela conseguiu gratuitamente que o SUS fornecesse a insulina adequada para o filho, que embora tímido, assegura estar adaptado à doença. “Eu já me acostumei e a minha mãe me ajuda.”

 

“Eu não tinha conhecimento nenhum sobre a doença, não conhecia ninguém com diabetes. Não foi fácil e ainda não é. Mas eu vou levando porque se Deus permitiu é porque ele confiou a mim essa missão e ele sabe de tudo”, fala com fé e esperança de dias melhores. 

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