Após liminar, grevistas permanecem na Câmara; Folha diz que tem limites para atuar

Após a justiça deferir a reintegração de posse da Câmara, grevistas devem permanecer até o final do dia; presidente da Casa explicou que contribui para o diálogo, mas tem limites de atuação

Momento em que oficial notifica professores na Câmara de Palmas
Descrição: Momento em que oficial notifica professores na Câmara de Palmas Crédito: Andréa Nobre/T1 Notícias

Mesmo após determinação da justiça, professores decidem permanecer na sede da Câmara Municipal pelo menos até às 18h desta quarta-feira, 20, quando realizarão mais uma assembleia deliberativa. De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet), Antônio Chadoud, considerou a medida desnecessária lembrando que a manifestação é pacífica. Ao T1 Notícias, o presidente da Câmara Municipal de Palmas, Folha Filho explicou que intermediou uma conversa com o executivo, mas que o legislativo tem limites para atuar, tendo esgotado todas as alternativas que lhe cabiam.

 

O representante do Sintet relatou que o movimento não está atrapalhando o funcionamento da Casa e explicou que às 18h realizarão uma assembleia onde a classe vai decidir se permanecem ou não, no entanto, pelo menos até o final da tarde de hoje os manifestantes não deverão ceder e permanecerão no local. “Nenhum espaço está obstruído, os vereadores circulam livremente aqui, sem nenhuma hostilidade. Em momento nenhum atrapalhamos o movimento da Casa, inclusive 15 vereadores disponibilizaram seus gabinetes para nós. Não tem mais barraca, colchão. O movimento é coletivo e pacífico. Hoje vamos fazer uma assembleia e avaliar se quiserem ficar, nós vamos ficar. A própria decisão é parcial. O juiz sabe que não pode pedir para as pessoas saírem” informou.

 

Presidência da Casa

O presidente da Câmara relatou que o regimento interno da Casa diz que o funcionamento do local á até às 14h e explicou que contribuiu para a solução do problema até onde podia. “A Câmara funciona até às 14h, após esse horário não será mais permitido que eles fiquem aqui dentro. Durante o horário normal eles podem ficar aqui, desde que não exceda o horário estabelecido pelo ato desta casa. Gostaria de pedir que eles respeitem a decisão da justiça para a Câmara voltar a trabalhar”.

 

Durante pronunciamento na tribuna em sessão da Câmara na semana passada, Folha se comprometeu a intermediar o diálogo entre grevistas e professores, mas explicou que não tem mais condições de fazer nada, uma vez que não tem poder de execução. “Nós nos comprometemos a buscar diálogo e contribuir com essa discussão e nós fizemos uma reunião com o prefeito e secretário de educação e o prefeito colocou as condições para resolver, mas eles não concordaram com a proposta. A câmara cumpriu seu papel, sendo fiscal e representante do povo, mas não está nas mãos da Câmara a decisão de execução proposta, nos intermediamos, mas temos limites para atuar e fomos até o nosso limite. A nossa parcela de contribuição foi feita, agora não temos condições de fazer mais nada”.

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