Atendimentos em unidade exclusiva para tratamento do AVC começam em breve em UTI

Esta é a primeira unidade AVC na rede hospitalar privada da Capital. Inicialmente são dois leitos de UTI destinados exclusivamente ao tratamento destes pacientes, mas o número de vagas será expandido

Unidade terá tratamento exclusivo a pacientes vítimas de AVC
Descrição: Unidade terá tratamento exclusivo a pacientes vítimas de AVC Crédito: Divulgação/Intensicare

Uma nova unidade de cuidado integral voltada a pacientes vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) já está implantada em Palmas e começará os atendimentos nos próximos dias, na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Oswaldo Cruz (HOC), gerida pela Intensicare. Esta é a primeira unidade AVC na rede hospitalar privada da Capital. Inicialmente são dois leitos de UTI destinados exclusivamente ao tratamento destes pacientes, mas o número de vagas será expandido para cinco até junho próximo.

 

“O Acidente Vascular Cerebral é uma das maiores causas de morte e incapacidade no mundo. Então fizemos uma ampliação de leitos na nossa UTI para aumentar as vagas, pela grande demanda que temos, mas também para trazer essa inovação, com a implantação desta primeira unidade de AVC privada do Tocantins, que tem o objetivo de reduzir a morbimortalidade por AVC no Estado e melhorar a efetividade do atendimento em pacientes com suspeita e diagnóstico médico de AVC”, informa Erika Quiel, gerente da UTI da Intensicare no HOC.

 

A estrutura da nova unidade AVC visa garantir um fluxo otimizado de todo o processo envolvendo as vítimas da doença, desde o socorro rápido, até o diagnóstico e tratamento adequado. “Assim como o infarto, com o paciente vítima de AVC é preciso criar protocolos para que ele chegue à unidade e seja atendido de forma adequada. Então essas unidades foram criadas para isso. É uma realidade que já vem crescendo no país todo, mas esta será a primeira unidade implantada em UTIs da rede privada na Capital. Essa unidade terá neurologistas de plantão para atender os casos que forem chegando, tratando não só pacientes com AVC, mas com outras doenças neurológicas”, explica Márcio Figueiredo, que é neurocirurgião, diretor médico da Intensicare e coordenador da Unidade AVC na UTI do HOC.

 

De acordo com o médico, toda a equipe multiprofissional passou por um treinamento e foi preparada para começar a receber os pacientes. “Esse treinamento pelo qual a equipe passou é um aperfeiçoamento para melhorar o atendimento e certificar que a gente receba esses pacientes em tempo hábil para garantir o tratamento eficaz. Ao menor sinal de que está tendo um AVC a pessoa deve procurar uma unidade médica o mais rápido possível para receber o tratamento adequado, que tem um tempo para ser administrado. A partir de seis horas após a ocorrência do AVC nós perdemos a oportunidade de oferecer as medicações específicas. Existem outros tratamentos, como a trombectomia mecânica, que veio para revolucionar pacientes em tratamento de AVC. Hoje a doença pode ser tratada, coisa que no passado não acontecia, e a pessoa ainda fica sem sequelas ou com o mínimo de sequelas possível”, afirma o neurocirurgião.

 

Assim como em todos os serviços prestados nas UTIs da Intensicare, o foco dessa nova unidade também será um atendimento moderno, de qualidade, com destaque na humanização. “Todo paciente na UTI está fragilizado, talvez no pior momento de sua vida, então temos a obrigação de tentar minimizar essa situação e trazer carinho, atenção e expor a realidade aos pacientes e suas famílias, mas de uma forma que todos se sintam seguros, confortáveis e abraçados, porque essa é a intenção que temos. Investimos toda a nossa dedicação para salvar vidas”, reforça Márcio Figueiredo.

 

Alerta sobre o AVC

 

A doença devasta vidas em todo o mundo. São 15 milhões de AVCs todo ano: cinco milhões de pessoas morrem e cinco milhões ficam com incapacidade permanente. “São 360 mil novos casos no Brasil por ano e é uma doença que impacta todas as famílias. Quando você não trata, ou não sabe o que está acontecendo, normalmente esse paciente terá sequelas. Recentemente a medicina conseguiu mudar a história dos impactos do AVC, hoje temos tratamentos e é essa oportunidade que temos que oferecer aos nossos pacientes. O que acontece hoje é que, com a falta de informação e de conhecimento, os pacientes não chegam às unidades para receber esse atendimento adequado”, alerta o médico.

 

Conheça os sintomas

 

O AVC é o entupimento de uma artéria que leva sangue para o cérebro. Sem nutrientes e oxigênio, parte do cérebro pode morrer. O AVC acontece de forma muito rápida e pode levar à morte ou deixar sequelas.

 

Os principais sintomas são: dor de cabeça, visão turva, fraqueza em um lado do corpo, fala confusa, perda de equilíbrio e da força, rosto torto. Fazem parte do grupo de risco pessoas que consomem álcool e drogas excessivamente, diabéticos, quem tem histórico de doença vascular prévia, quem faz uso de anticoncepcionais, hipertensos, fumantes, pessoas com estresse, sedentários, acima do peso, com doenças no coração e com o colesterol alto.

 

O AVC pode ser prevenido em até 90% dos casos e pode ser tratado, através do desentupimento da artéria com cateterismo ou com medicamento. O mais importante é que o paciente chegue o quanto antes a um hospital que esteja pronto para tratar o AVC.

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