Chega ao fim 22º Arraiá da Capital: quadrilhas inovam e emocionam público

Figurinos impecáveis, sincronia nos passos e casais afinados tomaram conta das apresentações. Público se emocionou com a qualidade das quadrilhas

Quadrilhas emocionam público
Descrição: Quadrilhas emocionam público Crédito: Ascom/FCP

Seis agremiações se apresentaram, disputando prêmios e colações dentro dos grupos de Acesso e Especial, atraindo uma legião de torcedores responsáveis pela animação das arquibancadas.

Na arena, os grupos se revezaram nas apresentações, cada quadrilha com sua particularidade, o público foi presenteado pelo capricho e as indumentárias. A quadrilha Luar de Santo Antônio abriu as apresentações da noite, seguida dos grupos Coração Caipira e da Nação Junina. Esta última, composta por 17 casais, apresentou o tema “A riqueza da Cana à Cachaça”, uma mistura de teatro e dança que deixou o público de boca aberta pela bela apresentação e a evolução dos casais na arena.

No grupo Especial, a Caipiras do Borocoxó levou a reflexão para a arena com o tema “Tira seu preconceito do caminho que a minha cor quer dançar”. A quadrilha é composta por 70 casais e há 13 anos participa do Arraiá da Capital, sagrando-se campeã em cinco edições. A Borocoxó tem ainda quatro títulos estaduais e um nacional.

O repertório foi composto por canções que expressam a liberdade, músicas de autoria do próprio grupo que lembram a paz, a esperança e a vitória do bem sobre o mal; ritmos típicos como o coco, que possui a influência africana e indígena, sem deixar de lado a típicas danças juninas, o grupo relembrou a chegada ao Brasil nos navios negreiros e os senhores de engenho, uma apresentação que levantou a plateia.

Com 28 casais, 22 anos na disputa, nove títulos sendo um estadual, a Cafundó do Brejo não deixou por menos e levou a festa de peão de boiadeiro para a arena, mesclando religiosidade, folclore e a tradicional festa do interior. Com seus peões a caráter e suas damas impecáveis, a evolução levantou o público da arquibancada, homenageando o homem do campo e sua labuta sertaneja, que na estrada da vida, se faz de caipira e de peão boiadeiro.

E por último a Girassol do Serrado fez jus ao nome, entrou na arena e brilhou a noite, com 25 casais, 12 anos de Arraiá e sete títulos conquistados, ficando em terceiro lugar em disputa nacional. A agremiação levou a história de Santo Antônio, o santo casamenteiro e o milagre de trazer a terra Dominginhos um dos mais famosos sanfoneiros para se apresentar na festa de casamento.

Tudo isso faz do Arraiá da Capital uma das mais tradicionais festas juninas no circuito Norte e Nordeste. A dona de casa Maria do Socorro estava entre milhares de pessoas que foram prestigiar a festa e para ela, essa é uma festa que não pode faltar. “Todos os anos eu venho assistir a quadrilha, tudo isso é maravilhoso, eu até me emociono pela beleza das apresentações, eu não perco um dia”, destacou.     

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