Cliente passa por transtornos com falta de envelope para depósito em agência da Caixa

Clientes não estariam conseguindo fazer depósito em dinheiro em caixas eletrônicos de agência na Capital. Segundo denúncia, problema já dura cerca de uma semana. Funcionário diz que fato foi pontual

Clientes são prejudicados com falta de envelopes em agência
Descrição: Clientes são prejudicados com falta de envelopes em agência Crédito: Divulgação

Clientes da Agência 3459, da Caixa Econômica Federal, em Palmas, foram surpreendidos na tarde desta segunda-feira, 24, pela falta de envelopes para depósito. Quem necessitava de realizar o serviço, teve que ir até os caixas de atendimento dentro da agência para o mesmo, gerando uma fila com grande espera.

 

Uma das clientes afetadas, a jornalista Cejane Borges, relatou ao T1 Notícias que não pôde realizar o depósito porque havia na agência mais de 30 pessoas para o mesmo atendimento, ultrapassando o tempo de espera além do que é estipulado por lei, e ela não poderia permanecer na agência.

 

De acordo com a Lei municipal de Palmas nº. 10.047/2001, as agências bancárias estabelecidas no município estão obrigadas a manter um atendimento eficiente, ágil e satisfatório aos seus clientes em 20 minutos em dias normais e até 30 minutos em véspera ou após feriados prolongados, conforme com que dispõem os artigos 6º, 14 e 36 do Código de Defesa do Consumidor.

 

“Um retrocesso, já que os caixas eletrônicos são utilizados para agilizar esse tipo de serviço. Uma falta de respeito com os clientes” reclamou a jornalista. Ainda segundo ela, é a terceira vez que isso ocorre em um prazo de uma semana.

 

Com intuito de levar a situação adiante, Cejane teria fotografado a fila e o número do seu atendimento, no que provocou uma situação de constrangimento para ela. “Pediram para eu entregar o celular para o segurança ou apagar as imagens diante de um funcionário” relatou.

 

Na recusa, a jornalista foi encaminhada ao gerente da agência, que comentou que a situação estava assim porque um carregamento de envelopes teria sido barrado na divisa do Estado por uma cobrança de imposto que o banco julgava desnecessário.

 

O transtorno foi ainda maior porque Cejane passou por duas cirurgias há 15 dias. Ela reclama do tratamento por parte de um funcionário da agência: “Eu não gritei porque estou operada. Senão tinha gritado naquele banco, com a falta de respeito do guarda em me trancar na porta giratória, me fazer subir as escadas para ir atrás do gerente para sair da agência”.

 

Por telefone, um funcionário da Caixa disse ao T1 Notícias, que a falta de envelopes é em decorrência da grande demanda desta segunda e que na falta de envelopes de dinheiro, o cliente deve usar os envelopes de cheque. Comentou, também, que já foi solicitada para as agências vizinhas uma quantidade para ajudar no abastecimento.

 

O funcionário, no entanto, não quis comentar o relato da jornalista e pediu que para maiores informações, o T1 deveria entrar em contato com a assessoria de marketing da Caixa.

 

A jornalista reiterou que não havia nenhum envelope disponível ao cliente. “Não tinha nenhum envelope. Eu precisava dos dois, de cheque e de dinheiro e não tinha nenhum. Inclusive na mesma agência, dias atrás eu depositei dinheiro usando o envelope de cheques, porque já está faltando envelope tem um tempo”, ratificou Cejane.

 

A reportagem entrou em contato com a assessoria da empresa, mas o responsável pelo setor não foi encontrado.

 

Procon alerta

De acordo com o gerente de fiscalização do Procon-TO, Magno Silva, a resolução 2.878/2001 do Banco Central exige que todos os bancos ofereçam serviços básicos de autoatendimento. “No caso específico, a Caixa é obrigada a oferecer o serviço e se não tem os envelopes o serviço está indisponível e por um motivo previsível”, ressaltou o gerente.

 

O Procon alerta para que tanto nessa situação, quando na questão da demora nas filas ou outras semelhantes, o consumidor deve acionar o Procon (151 ou 3218-2340) imediatamente para que o fiscal vá até o local e constate a falha do serviço. Conforme o gerente, caso seja comprovada a falha do serviço que deveria estar sendo oferecido, o fiscal fará um auto de infração, obrigando a instituição a se explicar sobre o ocorrido. A partir daí, a instituição poderá ser multada. 

 

O problema, segundo relatou o gerente do Procon, é recorrente no estado. “Não tenho como precisar números, porque são demandas de fiscalização (e não de atendimento direto, quando fica registrado no sistema), mas todas as semanas os bancos - não só de Palmas, mas do Estado todo - são autuados por descumprirem normas vigentes, em especial a do tempo de espera”, disse Magno Silva. 

 

O gerente faz o alerta: “o mais importante é: denuncie. Os bancos e qualquer outra entidade precisar entender que o cliente/consumidor é a razão dele existir e por isso merece respeito”. 

 

 

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