Com liberação de aulas presenciais, prefeita acusa transferência de responsabilidade

Cinthia reagiu em seu Twitter após o Estado autorizar as aulas presenciais e acusou o governo de transferência de responsabilidade. O retorno das aulas particulares e municipais dependem de prefeitos

Prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB).
Descrição: Prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB). Crédito: Edu Fortes/Secom Palmas

A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, reagiu negativamente após o governo do Tocantins autorizar a retomada das aulas presenciais de escolas públicas e privadas em todo o Estado. Em postagem no seu Twitter, a prefeita acusou o Estado de transferência de responsabilidade para os municípios.

 

Cinthia afirmou ausência de comando na autorização, quando o decreto estabelece que escolas municipais e particulares terão que ter aprovação dos prefeitos municipais para retornarem à educação municipal. “Os prefeitos que se preparem (...) jogam no colo dos outros quando não tem condição de assumir. O tempo vai dizer quem errou, quem se omitiu”, disse a prefeita.

 

 

A autorização publicada na noite de sexta-feira, 29, através de decreto no Diário Oficial do Estado (DOE), contrapõe o avanço de casos de Covid-19 em todo o Tocantins, que passou dos 101 mil confirmados no último boletim epidemiológico estadual. Desde dezembro, nos informativos, o Estado teve aumento também nas taxas de ocupações hospitalares, tanto de leitos clínicos quanto de UTIs Covid-19, além do aumento no número de óbitos. De acordo com o quantitativo de imunizados divulgado pelo Estado e denúncias feitas ao Ministério Público, a decisão também opõe o número de vacinados, a falta de agilidade e transparência que tem ocorrido nas vacinações.

 

Estado libera retorno presencial a critério de prefeitos  

 

O governo estabeleceu que a retomada das aulas da rede particular e municipal dependem da decisão de cada prefeitura. A decisão por retomar ou optar por seguir o modo remoto é também de cada unidade escolar.

 

Ao retomarem, segundo o texto, as unidades devem cumprir “as normas estabelecidas pela Vigilância Sanitária de cada município, necessários à segurança de estudantes e profissionais no ambiente educacional, quando das aulas presenciais”.

 

O decreto estabelece também que cabe aos prefeitos “a adoção de medidas para a fiscalização do cumprimento dos protocolos sanitários”.

 

Dados Epidemiológicos 

 

No boletim epidemiológico de sexta-feira, 29, o Estado acumula 101.666 casos confirmados, 10.232 casos ativos, 1.371 óbitos e 229 pessoas hospitalizadas. Ao todo, são 107 pacientes em leitos clínicos (73 na rede pública e 34 na rede privada) e 122 em UTIs Covid (90 na rede pública e 32 na rede privada).

Comentários (0)