A paralisação dos caminhoneiros nas principais rodovias federais que cortam o Tocantins tem afetado diversos setores essenciais do comércio. Desde a manhã desta quarta-feira, 23, acumulam-se filas de veículos nos postos de combustíveis de Palmas e Paraíso para garantir o abastecimento dos carros. A ponte que liga a Capital a Luzimangues foi fechada por 40 minutos e uma fila enorme de carros congestionou a passagem dos condutores.
Com a manifestação, os caminhões-tanque não estão conseguindo chegar ao destino final e as entregas estão suspensas. O dono de uma distribuidora de água e gás da região Norte de Palmas informou que, se a greve continuar, o estoque só dura até o fim dessa semana.
O T1 Notícias entrou em contato com vários postos de combustíveis da cidade e com a paralisação a preocupação é unânime: se as vias não forem liberadas, os estoques devem durar até o fim do dia. Apesar de ainda estarem abastecendo, a previsão para que acabasse o combustível era até às 16 horas no Posto Petrolíder, saída para Paraíso, segundo informações repassadas ao Portal.
Outra informação que circula está relacionada a uma possível paralisação do funcionamento do Aeroporto de Palmas, pois as empresas aéreas estariam sem possibilidade de abastecimento. O T1 Notícias também entrou em contato com a Infraero que alegou funcionamento normal do Aeroporto. Entretando, imagens mostram filas imensas dentro do saguão.
A Ponte Fernando Henrique Cardoso, que liga Palmas a Paraíso, também apresenta congestionamento de veículos. Segundo informações, caminhões fecharam a ponte que liga Palmas a Paraíso em protesto contra o aumento no preço dos combustíveis.
O Sindiposto divulgou nota em apoio a paralisação. Confira nota na íntegra:
Nota Sindiposto
O Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado do Tocantins (Sindiposto) informa que apoia a greve dos caminhoneiros que está acontecendo em todo o País e também no Estado.
Como representantes da classe que trabalha com a revenda de combustíveis somos contra o aumento abusivo no preço dos produtos. Aumento este que prejudica toda a cadeia produtiva e econômica do País. Incluindo os caminhoneiros, empresários e também o consumidor.
A política de preços da Petrobrás fez com que a gasolina acumulasse altas de 12,95%, em maio, e o Diesel somou aumentos de 9,34%, em maio.
Vale ressaltar que a elevada carga tributária que incide sob o produto, a nível federal e estadual, inviabiliza que o preço cobrado nas bombas seja tolerável e assim, é impossível uma redução real.
Queremos deixar claro que o imposto é o verdadeiro vilão. E a proposta do governo federal de zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) do óleo diesel terá impacto irrisório no preço do combustível.
Precisamos de medidas que desonerem o produto e permita que o preço para o consumidor final seja justo. Ninguém pode ficar isento dessa luta. Tanto governo federal quanto estadual precisam tomar para si uma solução para a alta carga tributária em cima dos combustíveis, produto que ajuda no desenvolvimento do país.
Por causa da greve já registramos falta de combustível no Tocantins e sabemos que sem esse recurso, a nação tende a parar.
Para o Sindiposto-TO a paralisação da classe é um movimento legítimo que reivindica uma causa justa: a redução no preço. O governo não pode, mais uma vez, penalizar mais o cidadão com preços abusivos.
Também salientamos que o Sindiposto-TO é contra o aumento do preço em decorrência da grande demanda. Reajuste do preço por conta da possibilidade de falta do produto é crime.
No mais, esperamos que este protesto, que é de grande importância para as transformações no País e que tem o nosso apoio, conquiste o que se propõe.
Veja o vídeo de uma fila para abastecer em um posto de combustível da região Norte de Palmas.
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