Em greve, professores vão às ruas: prefeitura afirma pagar direitos gradualmente

Reivindicação é o cumprimento da data-base, retroativos, progressões, titularidades e Plano de Cargo; secretário informa que está pagando na medida em que entra recurso e explica algumas dificuldades

Professores percorreram a Avenida JK e fazem manifestação em frente a prefeitura
Descrição: Professores percorreram a Avenida JK e fazem manifestação em frente a prefeitura Crédito: Divulgação / Sintet

 

Apesar do anúncio do pagamento da data-base para 64% do funcionalismo, além da primeira parcela de progressões e titularidades para o quadro da Educação, os professores da rede municipal de Palmas pararam as atividades nesta terça-feira, 5, por tempo indeterminado. Em ato nesta manhã os docentes percorreram a Avenida JK e fizeram uma concentração em frente à Prefeitura. Em entrevista ao T1 Notícias na manhã desta terça-feira, o presidente regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet), Fernando Pereira, informou que pela manhã, cerca de 1.800 trabalhadores passaram pelo local, e a estimativa é que 70% das escolas municipais e docentes estejam paralisados neste primeiro dia de greve.

 

“Nós exigimos que a proposta de 2015 seja concretizada. Quando negociamos para finalizar a greve em 2015 a prefeitura se comprometeu a cumprir vários pontos. Queremos que eles parem de remontar o compromisso e cumpra o que ficou acordado. Sobre a nossa data-base e retroativos até hoje eles não tem resposta concreta sobre a nossa demanda. Quanto as progressões e titularidades o acordo era pagar em janeiro e ele pagou só agora em setembro ainda com defasagem de 2015, 2016 e 2017”, detalhou o representante da categoria.

 

A categoria reivindica ainda o pagamento do Plano de Cargos. “Queremos também o pagamento do nosso PCCR em dia. Esse plano está desde 2013 atrasado. Temos direitos atrasados desde 2013”, enfatizou.

 

Secretaria Municipal de Educação

 

Em entrevista ao T1 Notícias na manhã desta terça-feira, 5, o secretário municipal de educação, Professor Danilo Melo informou que o município reconhece os direitos do trabalhadores e que pagará gradualmente, à medida que tiver recursos. “A proposta que temos para negociação é a que está sendo cumprida. Começamos a pagar a data-base, já foi reservado no orçamento. Temos total disposição de pagamento. A prefeitura reconhece o direito dos trabalhadores, tanto é que já foi publicado, só que precisamos esclarecer que estamos pagando à medida que tiver recurso”, explicou o gestor da pasta.

 

Melo pontuou ainda que além da frustração de receitas a Prefeitura não pode ultrapassar o limite prudencial da folha.  

 

“Estamos finalizando o Refis e contamos com essa arrecadação para o cumprimento do nosso acordo. Sem dinheiro não tem como pagar. Sobre o Plano de Cargos e Carreira, nós pagamos a primeira parcela e vamos seguir pagando as outras. Ainda não podemos ultrapassar no limite prudencial da folha. Se o prefeito paga além do limite ele poderá ser penalizado. Infelizmente, esse é o efeito da frustração de receitas. A folha sobe e a arrecadação baixa”, acrescentou.

 

Funcionamento das escolas

 

Segundo o levantamento realizado na manhã desta terça-feira, 05, pela equipe técnica da Semed junto às 74 unidades educacionais da rede municipal de ensino constatou-se que:

- 28% das unidades educacionais estão atendendo 100%

- 42,8% atenderam mais de 60% dos alunos

- Apenas 28% das escolas tiveram um atendimento inferior a 20% do seu alunado                       

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