Estabelecimento agropecuário expõe pintinhos em rua e gera conflito em Taquaralto

A criação de pintinhos em gaiola que ficam uma calçada ao lado de uma soverteria em Taquaralto, está gerando conflitos entre comerciantes vizinhos e provocando reclamações na Vigilância Sanitária

Gaiola de aves exposta na calçada
Descrição: Gaiola de aves exposta na calçada Crédito: Divulgação

Um conflito entre comerciantes, na Avenida Tocantins, em Taquaralto, está gerando embate que dispõe de uma solução da Prefeitura de Palmas, por meio da Vigilância sanitária, e da equipe de fiscalização do Código de Postura. Vizinhos de instalação comercial, Genésio Antônio, proprietário de pontos comerciais, e Miguel Moronizzi, proprietário de uma casa agropecuária, entraram em desacordo devido ao fato do estabelecimento de Miguel expor aves de pequeno porte em uma gaiola portátil instalada na calçada, em frente ao seu estabelecimento e ao lado de uma das salas que Genésio aluga. 

 

De acordo com o empresário Genésio Antônio, o “mau cheiro provocado pelas fezes dos animais é insuportável” e afasta os locatários.  Ressaltou, também, que mais de 100 aves ficam nas gaiolas e que por muitas vezes pediu ao proprietário do estabelecimento para seguir as normas que outras casas rurais usam para amenizar o cheiro provocado pelas fezes dos animais, mas que sempre foi ignorado. “Ele diz que não tem homem, nem lei que me faz tirar isso daqui”, falou o comerciante sobre a recusa do proprietário das aves. 

 

Um de seus locatários, o comerciante Rodrigo Borges, mantém uma sorveteia que fica colada ao estabelecimento agropecuário. Assim como Genésio, ele afirma que o cheiro que sai da gaiola é muito forte e afeta toda redondeza. “O cheiro que entra na sorveteria é de embrulhar o estômago. Quando o cliente sente aquele cheiro, vai embora. Não conseguem consumir”. 

 

Rodrigo disse que a situação se resolveria, se o proprietário da loja agropecuária colocasse a gaiola dentro do estabelecimento.  “Ele coloca lá fora, do lado do meu estabelecimento”, reclamou.  O comerciante comentou, também, que quando a Vigilância Sanitária aparece no local, a casa agropecuária coloca a gaiola para dentro do estabelecimento, porém, passado alguns dias volta colocar na calçada. 

 

Notificações

Genésio diz que já protocolou vários ofícios, tanto em cartório, quanto na vigilância sanitária. Em um deles, datado em julho de 2015, ele registrou em um cartório da Capital o prejuízo que o efeito do cheiro das fezes das aves vinha provocando nas locações de suas salas comerciais. 

 

Outros foram protocolados em 2016 e 2017. “Lanchonetes, pastelarias e sorveterias, nada para por ali” reclamou. O empresário também comentou que a Vigilância municipal foi até o local, notificou a empresa, mas que o proprietário nunca cumpriu as determinações. 

 

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informou ao Portal T1 Notícias, que na tarde desta última quarta-feira, 13, um inspetor da Vigilância Sanitária de Palmas esteve no estabelecimento citado pela reportagem.

 

De acordo com a Semus, na ocasião, foi repassada para o proprietário orientações sobre conservação sanitária, a limpeza, melhorias do local e dos cuidados com os animais.

 

Outro lado

 

O T1 Notícias falou, por telefone, com Miguel Moronizzi, na tarde desta quinta-feira, 14. Ele comentou que está com a loja no mesmo local há 26 anos e que nesse tempo, ninguém havia reclamado do cheiro antes, somente os novos vizinhos. 

 

Disse, ainda, que realizada limpeza das gaiolas diariamente e que “só fica o cheiro das aves”. Ao ser questionado sobre as notificações da Vigilância Sanitária, o empresário afirmou que obedece e cumpre, “fazendo de acordo com que eles pediram”.

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