GM apreende pertences de manifestantes, mas grupo permanece na Praça do Bosque

Após liminar obrigar saída do grupo da Praça dos Girassóis, integrantes foram para Praça do Bosque e encontraram resistência da PM e da GM, além de fiscal da Prefeitura que mandou retirar pertences...

Manifestantes na Praça dos Girassóis
Descrição: Manifestantes na Praça dos Girassóis Crédito: Lourenço Bonifácio

Integrantes do Movimento Ocupa Palmas tiveram seus pertences apreendidos por volta das 16h enquanto tentavam se instalar no Paço Municipal, na Praça do Bosque em Palmas.

Na manhã desta sexta-feira, 9, cerca de 15 pessoas do movimento foram obrigados, por uma liminar expedida na justiça que deu direito à reintegração de posse ao Governo, a deixar a Praça dos Girassóis onde estavam desde que saíram do canteiro na Avenida Teotônio Segurado, na última quarta-feira, 7, local que ocupavam há mais de um mês.

Taiane Arantes, uma das integrantes do movimento, disse ao T1 Notícias que após saírem da Praça dos Girassóis, com um caminhão do Governo e outro de uma pessoa que se ofereceu para ajudá-los, o grupo se dirigiu para a praça do Bosque levando seus pertences pessoais.

“Eles nos removeram pacificamente, mas quando chegamos ao Bosque enfrentamos resistência da Polícia Militar e da Guarda Metropolitana, dizendo que não podíamos ocupar o local”, contou a integrante.

Segundo Taiane, o grupo insistiu em ficar e começou a se instalar no local quando a Guarda Metropolitana tentou prender um dos integrantes do grupo. “Tentaram algemar um dos nossos integrantes, usaram a força e só soltaram quando conversamos. Eles também tentaram proibir que a gente filmasse”, afirmou.

A integrante contou ainda que um fiscal da Prefeitura chegou ao local sem portar nenhum tipo de documento e, junto à PM e à GM apreenderam as ‘coisas’ que eles levavam. “Apreenderam utensílios domésticos, nossas barracas e faixas, ficamos só com nossos pertences pessoais”, relatou. Taiane Arantes informou ainda que após a ação todos os policiais foram embora, mas o grupo permaneceu.

“Estamos buscando soluções para recuperar nossas coisas”, disse Taiane Arantes. 

 

GM agiu a pedido de fiscais

 

A Prefeitura informou que a Guarda Metropolitana recolheu as barracas, colchões e  lonas por ordem dos fiscais do setor de Fiscalização Urbana da Secretaria de Meio Ambiente e de Desenvolvimento Urbano. 

Segundo material divulgado pela Prefeitura, o grupo de manifestantes tentou  evitar o recolhimento dos objetos, mas foram contidos pela Guarda Metropolitana. Alguns deles  usaram palavras de ordem e estavam exaltados com a ação dos agentes públicos.

Um fiscal presente no local teria afirmado que os manifestantes estariam infringindo vários artigos do Código de Postura do Município e que tentaram o diálogo, mas que foram rechaçados.

Ainda segundo o material, o fiscal teria afirmado que o próprio Código de Postura estipula a forma de uso da praça pública e que a Lei 371/92  é bem clara quanto à ocupação irregular de área pública, depredação do patrimônio público e comprometimento da estética do lugar.

Os objetos recolhidos foram encaminhados para o depósito central da Prefeitura.  Para retirá-los, os proprietários devem pagar multa que varia de R$ 50,00 a R$ 5mil, dependendo do dano causado. 

 

Atualizada às 17h50.

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