Na noite da última sexta-feira, 13, uma jovem de 18 anos foi vítima de violência em Palmas após se recusar ter relação sexual com um homem. Pela fotografia publicada em sua rede social, nota-se que ficou bastante machucada. De acordo com a advogada que está atuando em sua defesa, na manhã desta segunda-feira, 16, a jovem esteve no Instituto Médico Legal de Palmas para passar por exame de corpo de delito. O Boletim de Ocorrência foi registrado ontem, 15.
No desabafo na rede social, onde postou a imagem dos machucados, a moça contou que teria chamado seus amigos para comemorar sua volta a Palmas. No decorrer da festa, teria se perdido do seu celular, que estava com sua amiga que foi embora. Sem ter como comunicar onde estava, pediu ajuda ao homem, que já conhecia e estava com ela na festa, para ir procurar o aparelho telefônico.
O homem, que segundo a jovem é bastante conhecido nos ciclos sociais da Capital, ofereceu à garota sua casa para que ela passasse a noite, já que, se conheciam e sem o celular, a jovem não teria como entrar em casa, pois também estava sem a chave. Antes de chegar na casa do rapaz, ela afirma que já tinha o comunicado que eles não iriam ter qualquer relação sexual.
“Ele me ofereceu sua casa... Eu disse a ele que iria, mas que não teríamos relação sexual e ele concordou e me levou! Chegando na casa dele eu fui diretamente para o quarto que imaginei que fosse o de visitas, porque tinha roupas dobradas dele na cama. Ele me tirou de lá dizendo que lá não seria um bom lugar para eu dormir. Eu então peguei minhas coisas, um travesseiro e me deitei no sofá ” diz o relato.
Para o T1, a advogada contou que a moça dormiu e foi acordada pelo homem quando o mesmo estava tocando seu corpo. A moça, então, pediu para ele parar. Além de prosseguir com o ato, o homem começou, então a batê-la. Ao tentar fugir, a jovem percebeu que ele teria escondido a chave da porta da sala.
A jovem então tentou convencê-lo a levá-la no hospital, já que a pancada teria sido grande e foi nesse momento que conseguiu pedir ajuda. “Eu falei com ele bem calma pra ele me levar no hospital, no primeiro momento ele não quis, falou que era pra eu ficar deitada lá... o convenci de me levar... Quando saí do elevador pra o estacionamento eu corri e gritei desesperada “ alguém me ajuda” daí apareceu uma pessoa que me ajudou!”, narrou.
Em seu texto, ela expõe que já fez o boletim de ocorrência, mas até que medidas sejam tomadas, não revelará o nome do agressor. A jovem disse ainda que relatou o caso na esperança de evitar que aconteça com outras mulheres. “Me encontro deprimida, decepcionada e acabada! Sem forças, mas contanto com que talvez alguém aí do lado da tela se coloque no meu lugar, que leia e não passe por isso!” conta.
A advogada ressaltou que o rapaz aproveitou da vulnerabilidade da moça para cometer o crime, já que ela estava sozinha, sem ter como se comunicar e com sinais de embriaguez. "O fato de uma mulher estar bêbada ou de aceitar ser hospedada no apartamento de um homem não dá a ele o direito de abusar sexualmente dela, pelo contrário, torna o crime mais grave ainda", finalizou.
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