A defesa de Whandeuarly Rodrigues Sousa, acusado pelas mortes dos ciclistas Valdonez Sobreira de Lima e Thiago Germano Santos, em acidente de trânsito, em agosto do ano passado na TO-050, entre Palmas e Lajeado, tem prazo de 10 dias para apresentar alegações no caso. Isso porque o juiz Cledson Nunes, da 1ª Vara Criminal de Palmas, decidiu acatar a denúncia contra ele por homicídio culposo no trânsito. Casos de homicídio culposo não vão para o Tribunal do Júri e são analisados por um juiz singular.
Para a decisão, o magistrado acatou o pedido do promotor Delveaux Prudente Júnior, do Ministério Público Estadual (MPE), que também solicitou para juntar aos autos certidão de antecedentes criminais de Whandeuarly, conhecido como Barba.
"Ademais, a denúncia encontra amparo no inquérito policial em apenso, do qual se extrai prova da materialidade delitiva e indícios de autoria. Outrossim, não vislumbro a possibilidade de rejeição liminar da denúncia", confere trecho da decisão.
O magistrado determinou, ainda, que o inquérito policial do caso, concluído em setembro de 2020, seja colocado sob segredo de justiça. A condição de sigilo foi ato do próprio juiz, uma vez que o promotor de justiça Delveaux Prudente Júnior, que acompanha o caso, não fez nenhum pedido neste sentido.
Relembre o caso
De acordo com testemunhas, os dois seguiam no sentido sul/norte da rodovia quando foram atingidos por um automóvel Chevrolet Astra de cor azul, que seguia no mesmo sentido. Ainda de acordo com testemunhas, após colidir com os ciclistas, o motorista deu a volta e retornou sentido Palmas, não prestando socorro às vítimas.
"O SAMU foi acionado e constatou o óbito das vítimas ainda no local do fato. A perícia técnica também foi acionada e realizou seu serviço. O corpo das vítimas foi recolhido pelo Instituto Médico Legal de Palmas", informou a PM à época.
O veículo do condutor que atropelou os ciclistas foi abandonado posteriormente e localizado pela PM na entrada do Setor Sonho Meu, região norte de Palmas.
Ele se apresentou à polícia dias depois junto com um advogado. A defesa de Whandeuarly Rodrigues afirmou na época que o cliente não ingeriu bebida alcóolica e saiu do local por medo de ser linchado.
Comentários (0)