Malena Mota, eleita Chef Embaixadora 2019 no TO, volta a Palmas com novo desafio

Como embaixadora, ela tem como desafio, já lançado, organizar uma competição de nível estadual com chefs locais em 2019 e a indicação de profissionais locais para a competição nacional.

Competição Nacional está prevista para o próximo ano em Teresina (PI)
Descrição: Competição Nacional está prevista para o próximo ano em Teresina (PI) Crédito: Regiane Rocha

Cozinhar e escrever estas são as duas grandes paixões de Malena Mota, gastróloga eleita Chef Embaixadora 2019 no Tocantins, na última sexta-feira, 07, em Goiânia (GO) pelo Prêmio Nacional Dólmã 2018, prêmio máximo da gastronomia brasileira. Malena volta para Palmas com o prêmio que a reconhece como a chef apta a divulgar e batalhar pelo reconhecimento da culinária regional do Tocantins.

 

Nada mais do que justo para a profissional que tem como primeira formação o jornalismo. Ela conquistou o diploma de jornalista pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e se tornou concursada na área na Prefeitura de Palmas em 2005. Desde então, adquiriu experiência na área, concluiu um mestrado em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo e o curso de gastronomia pela Unicesumar.

 

Como embaixadora, ela tem como desafio, já lançado, organizar uma competição de nível estadual com chefs locais em 2019 e a indicação de profissionais locais para a competição nacional já prevista para ocorrer no próximo ano em Teresina (PI). 

 

"Como embaixadora vou trabalhar para divulgar a nossa comida regional com todos oschefs tocantinenses. Voltei com muitos contatos e agora quero buscar oportunidades de intercâmbio com chefs de outros estados, porque sei do aprendizado que isso proporciona, e também aproximação com chefs de estados vizinhos para mostrar nossa gastronomia que compartilha de características e ingredientes  do Norte e Nordeste", adianta.

 

De dólmã e caneta na mão

 

Malena diz reconhecer sua indicação ao título de embaixadora estadual tem muito significado. "Trabalho com a divulgação de culinária e tudo isso começou com o Festival Gastronômico de Taquaruçu (FGT), quando descobri histórias de pessoas que tiveram a vida transformada por ele. Eu havia sido convidada para fazer um livro sobre o festival e isso ajudou muito a me envolver e abraçar essa jornada. Hoje continuo trabalhando na Agência Municipal de Turismo (Agtur) divulgando o turismo que anda cada vez mais atrelado à culinária, mantenho com a chef Quesia Gomes o perfil @elas.nacozinha no Instagram, estamos apresentando um programa especial sobre gastronomia na CBN Tocantins chamado CBN Sabores e realizamos consultorias gastronômicas", enumera  a chef e jornalista Malena Mota sobre algumas de suas missões.

 

Ela aproveita para frisar que não busca títulos para suas habilidades, o que quer é ver a gastronomia tocantinense avançar. Por isso, ela reforça o agradecimento a vários dos companheiros de quem recebeu apoio ou inspiração para o desafio da culinária regional. "A Ruth Almeida desempenhou neste ano de 2018 um trabalho excepcional como chef embaixadora, agradeço muito a ela e aos outros chefs que entraram na disputam pelo prêmio que foram os chefs Milena Barros e Helves Frank". Ela agradece ainda à amiga Iraci Araújo, com quem aprendeu alguns pratos, à professora Andrea Shima e a todos da Agtur que me apoiaram para a conquista desse prêmio. 

 

Na cozinha

 

Na cozinha, chef Malena usa a base de pratos clássicos para valorizar ingredientes facilmente encontrados no Tocantins, como a galinha caipira, o pequi, os peixes da região Amazônica, a jabuticaba, entre outros. A partir daí surgem suas próprias releituras da culinária brasileira de raiz e da culinária brasileira contemporânea, com as quais ela diz mais se identificar.

 

A mãe Atercina Mota, que ela diz ser uma excelente cozinheira, foi a primeira inspiração. Foi na faculdade que descobri que minha mãe, mesmo sem muito estudo, tem uma base de culinária francesa por causa das preparações que ela faz. "Foram nas aulas que descobri que os picadinhos e carne que ela me ensinava era comida da culinária de base francesa, como a carne na lata que hoje eu sei que é uma carne confitada", conta.

 

Filha de baiana e cearense e neta de avós mineiros, Malena gosta de valorizar ingredientes adquiridos em feiras populares. Da farinha, às folhas e chegando ao peixe e à carne de sol, são muitas as possibilidades que a gastronomia lhe permitem trabalhar e reinventar. Na sua cozinha ela usou a moqueca de pintado para mostrar como gosta de trabalhar: com cores e sabores frescos. "Faço questão de ir à feira e escolher tudo fresquinho. É lá onde está o que tem de melhor", ressalta.

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