Marido acusado de matar cabeleireira é condenado a mais de 18 anos de prisão

Marido acusado de matar cabeleireira e esconder o corpo da vítima em Araguaína é condenado a mais de 18 anos de prisão

Corpo de Edilene foi encontrado três meses após o crime
Descrição: Corpo de Edilene foi encontrado três meses após o crime Crédito: Divulgação/Facebook

Aldenir Alves Teixeira foi condenado a 18 anos e 8 meses de prisão em regime fechado nesta segunda-feira, 19, em Araguaína, por ter assassinado e enterrado corpo de sua esposa, a cabeleireira Edilene Oliveira da Silva, de 30 anos, em julho 2016. O corpo da vítima só foi encontrado três meses após o crime.

 

O réu, que estava preso na Casa de Prisão Provisória de Araguaína, foi julgado em sessão do Tribunal do Júri ocorrida durante todo o dia de ontem no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na cidade. A defesa de Aldenir avaliará a decisão da Justiça para decidir se vai recorrer, na tentativa de reduzir a pena. O promotor de Justiça Pedro Jainer Passos Clarindo da Silva informou que “o Ministério Público ainda analisa a possibilidade de pedir a revisão da pena, tendo em vista a gravidade do crime”.

 

Edilene é mais uma vítima de feminicídio no Tocantins. O crime ocorreu após uma discussão entre a cabeleireira e Aldenir, então seu marido, após viagem do casal ao Maranhão.

 

As investigações da polícia apontaram que Aldenir matou Edilene com um golpe “mata leão”, durante uma briga do casal, motivada por ciúmes e escondeu o corpo da vítima em um setor de chácaras da cidade. Familiares e amigos de Edilene estranharam o desaparecimento da cabeleireira e acionaram a polícia. Na época, Aldenir registrou um boletim de ocorrência somente 15 dias após o desaparecimento da esposa. Ao ser ouvido na delegacia ele tentou despistar a investigação apontando que a vítima havia deixado ele e os dois filhos e fugido para outra cidade.  

 

Após a quebra do sigilo telefônico, a polícia desvendou o caso e conseguiu desmentir a versão apresentada pelo suspeito, que confessou o crime e levou o delegado até o local onde havia enterrado o corpo de Edilene. A vítima foi encontrada em uma cova rasa, enrolada em um colchão plástico, em avançado estado de decomposição. O caso causou revolta e comoção na cidade, onde Edilene era bastante conhecida.

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