Médico suspeito de matar professora Danielle vai mesmo a júri popular, decide Justiça

A decisão é do juiz Marcelo Eliseu Rostirolla. O médico Álvaro Ferreira da Silva é acusado de matar a professora Danielle Christina, em dezembro de 2017.

Álvaro Ferreira da Silva
Descrição: Álvaro Ferreira da Silva Crédito: Fernando Cardoso/Orla Noticias

Por força de decisão do juiz Marcelo Eliseu Rostirolla, o médico Álvaro Ferreira da Silva, acusado de matar a professora Danielle Christina Lustosa Grohs, vai mesmo a júri popular. Isto porque, na quinta-feira, 27, o magistrado negou um recurso do advogado de defesa do médico, que tentava derrubar a sentença que leva o réu a ser julgado pelo júri popular. Esse tipo de recurso, de acordo com despacho do juiz, é usado para esclarecer dúvidas ou omissões de decisões.


 

“O ajuizamento de embargos de declaração que só podem ser usado para esclarecer algum ponto confuso, uma omissão ou uma contradição de alguma decisão, ou seja, “estão restritos às hipóteses de ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão”, esclarece o magistrado em sua decisão.


 

Atualmente o médico responde em liberdade e atende normalmente na rede pública de saúde. Ele é monitorado 24 horas por dia através de uma tornozeleira eletrônica.


 

Em outubro do ano passado,a Justiça decidiu que o médico Álvaro Ferreira da Silva, acusado de matar a ex-mulher, a professora Danielle Christina Lustosa Grohs, deveria ir à júri popular. O crime aconteceu em dezembro de 2017 e ganhou grande repercussão em todo o Estado.


 

De acordo com a investigação da Polícia Civil, à época, o crime teria acontecido por vingança. Isso porque a professora denunciou o médico por violação de medida protetiva um dia antes do crime.


 

Álvaro chegou a ser preso após tentar esganar a ex-mulher, mas foi colocado em liberdade no dia 17 de dezembro após audiência de custódia. A professora foi assassinada na mesma noite.


 

De acordo com a denúncia do Ministério Público, após ser solto, o médico entrou na casa da ex-mulher e esganou a vítima novamente até a morte.


 

Desde que foi solto, o médico voltou a atender normalmente no sistema de saúde em Palmas. Ele pediu à Justiça que as medidas cautelares, como o monitoramento por tornozeleira eletrônica e a proibição de sair à noite, fossem revogadas. O pedido foi negado.


 

Entenda

 

O corpo da professora foi encontrado no dia 18 de dezembro. O médico ficou quase um mês foragido após o crime. Ele foi preso no dia 11 de janeiro em Goiás e levado para a Casa de Prisão Provisória de Palmas no dia seguinte.


 

Álvaro foi localizado após postar uma selfie em uma igreja nas redes sociais. Enquanto esteve foragido, ele deu entrevistas por telefone e mandou mensagens para a mãe da vítima.

 

A defesa do médico tentou alegar durante as primeiras audiências do caso, em que testemunhas foram ouvidas pelo juiz, que a ex-namorada dele, Marla Cristina Barbosa poderia estar envolvida. Ela chegou a ser presa porque acompanhou ele durante parte da fuga.


 

No entanto, não foi feita nenhuma denúncia contra ex-namorada porque tanto a polícia quando o Ministério Público entenderam que não há elementos que provem a participação dela no caso.

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