MPE denuncia proprietário de lancha que causou acidente que decepou perna de jovem

O acidente aconteceu no dia 2 de setembro de 2017, no lago da Usina de Lajeado, nas proximidades do distrito de Luzimangue

O acidente aconteceu no dia 2 de setembro de 2017
Descrição: O acidente aconteceu no dia 2 de setembro de 2017 Crédito: Divulgação

O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia criminal contra Humberto Pereira da Silva, ex-auditor fiscal do trabalho que conduzia uma lancha em acidente que causou lesões corporais irreversíveis à jovem Crislânia Pereira de Sousa. O acidente aconteceu no dia 2 de setembro de 2017, no lago da Usina de Lajeado, nas proximidades do distrito de Luzimangues, quando Humberto e um grupo de nove pessoas comemoravam um aniversário e consumiam bebidas alcoólicas a bordo de uma lancha de sua propriedade.

 

De acordo com o MPE, a 2ª Promotoria de Justiça de Porto Nacional considerou que “o denunciado assumiu o risco de produzir resultado ao conduzir lancha sob influência de álcool e realizar arrancadas quando as pessoas ainda subiam na embarcação, em total desrespeito às normas de segurança, motivos pelos quais o denunciado deve responder por lesão corporal gravíssima, com dolo eventual”.

 

Conforme o MPE, Humberto ligou a lancha para retornar ao píer de Palmas. Os passageiros, que estavam no lago, voltaram imediatamente, a nado, até a embarcação, que no momento estava parada, mas com o motor ligado. “Consta que enquanto os passageiros subiam, Humberto fazia arrancadas bruscas, momento em que Crislânia, que subia segurando-se na escada, desequilibrou-se e caiu embaixo da embarcação, sendo atingida na perna esquerda pela hélice da lancha. Crislânia perdeu totalmente a perna, resultando em deformidade permanente”, aponta o MPE.

 

Além de denunciar Humberto por lesão corporal gravíssima com dolo eventual, que possui pena mínima de dois anos e máxima de oito anos de reclusão, o promotor de Justiça André Ricardo Fonseca Carvalho requereu, ainda, que seja fixada indenização como forma de reparação pelos danos causados à vítima. Crislania Sousa chegou a ficar em coma na UTI do Hospital Geral de Palmas por 16 dias e passou 53 dias internada, até receber alta.

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