Nascentes de rio que abastece Palmas são ameaçadas por plantio com uso de agrotóxicos

Organização ingressou com ACP contra pastor Amarildo, mas nada foi feito até o momento porque a Justiça não o encontrou para notificá-lo.

Audiência na quinta-feira vai debater situação
Descrição: Audiência na quinta-feira vai debater situação Crédito: Divulgação

Ameaçadas por plantações com uso de agrotóxicos muito próximas às nascentes do Ribeirão Taquaruçu Grande, de onde vem 70% da água que abastece a cidade de Palmas, uma Organização Não-Governamental  (Repam - Rede Eclesial Panamazônica) provocou a realização de uma audiência pública na Câmara de Palmas nesta quinta-feira, 15, às 9 horas.

 

O grupo ingressou com uma Ação Civil Pública (ACP) em novembro de 2017 denunciando que o dono das terras seria o ex-deputado federal Pastor Amarildo e que este teria arrendado a outros. Em dezembro daquele ano houve uma decisão liminar para que os responsáveis cessassem imediatamente com as plantações. Entretanto, conforme apurou o Portal T1, as plantações continuaram e a colheita estar para ser feita e nenhuma providência foi tomada.
 

“O dono das terras nunca foi encontrado para ser notificado pela Justiça”, conta uma fonte ao T1.

 

Paralelo à audiência, o grupo está organizando um abaixo-assinado em defesa das nascentes do Ribeirão. No documento, os organizadores alegam que estão vigilantes quanto à qualidade da água e acusam propriedades privadas de estarem realizando plantio com uso de agrotóxicos próximo as nascentes do Ribeirão. "Preocupados com a saúde da população desta capital e com a qualidade da água para consumo humano, solicitamos a proteção imediata das nascentes e de todo seu entorno".

 

É pedido além que se barre os plantios com uso de agrotóxicos, que seja preservadas as nascentes e que se crie o Parque das Águas na região das micro bacias Taquaruçu Grande, Macacão, Macaquinho, Cotovelo e Mata Verde, todas no Município de Palmas.  

 

Denúncia

 

Representantes de movimentos sociais tentam desde 2016, quando houve uma reunião com o Ministério Público Estadual (MPE), que alguma providência seja tomada. Eles alegam que as terras pertencem ao ex-deputado Pastor Amarildo, que na época teria dado declarações à imprensa local de que arrendaria as terras para plantação de grãos, entre eles soja.

 

O Portal tentou contato com o ex-parlamentar, mas sem sucesso. O espaço continua aberto.

 

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