No dia D, atividade é para lembrar que criadouros sejam eliminados antes das chuvas

Dia D de combate ao Aedes Aegypti, com atividades com estudantes, alerta para que criadouros sejam eliminados antes do período chuvoso

Alunos durante atividades para aprender sobre os criadouros do mosquito
Descrição: Alunos durante atividades para aprender sobre os criadouros do mosquito Crédito: Igor Flávio/Secom Palmas

A melhor forma de evitar doenças como dengue, zika e chikungunya é combater o mosquito Aedes aegypti, eliminando possíveis criadouros. Missão que cabe a todos. Esse foi o recado dado na manhã desta sexta-feira, 27, durante a abertura do Dia D da Semana Nacional de Mobilização dos setores Saúde, Educação e Assistência Social no Combate ao Aedes aegypti, pelos representantes dos órgãos envolvidos nessa ação.


No evento realizado no Parque Cesamar foi montada a Praça de Combate ao Aedes, na qual os alunos do 3º e 5º ano do Colégio Esportivo Militar do Corpo de Bombeiros Margarida Lemos (situado no Setor Lago Sul) puderam conferir no laboratório de entomologia como é o ciclo de vida do mosquito, desde a larva até a fase adulta. Os alunos também participaram de atividades recreativas com tirolesa, falsa baiana, jogos educativos e assistiram à apresentação teatral com a “Trupe da Cultura”.


Os alunos Samuel Batista, 9 anos, e Josiel Ribeiro, 11 anos, sabem direitinho como fazer o combate ao mosquito. “É a primeira vez que eu vejo ele de pertinho, mas em casa sempre que vejo uma tampinha de garrafa, copinho ou lata de refrigerante pelo quintal eu jogo no lixo”, garantiu Samuel. Já Josiel ajuda lembrar que não pode deixar água parada. “Eu ajudo a capinar o quintal, arrumando o lixo, eliminando o lixo que acumula água, porque o mosquito vem e pode transmitir doença”, alertou.


A bióloga residente da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses de Palmas (UVCZ), Amanda Alexandrino, alertou sobre a importância de eliminar possíveis criadouros antes do início das chuvas. “Nesse período de estiagem temos alguns locais que não têm água parada, mas pode ter um recipiente com ovos do mosquito e, quando a chuva vier, esses ovos vão eclodir e vamos ter mais mosquitos. Então a intenção é que esses focos sejam eliminados agora, assim os números de dengue, zika e chikungunya vão cair”, reforçou.
 
 
Números


Na Capital, de janeiro a outubro deste ano, foram notificados 4.943 casos de dengue, 1.636 casos de chikungunya e 1.041 de zika. No mesmo período do ano passado as notificações de dengue e zika foram maiores, 5.883 e 2.715 respectivamente. Já os números de chikungunya foram bem menores, 101, o que mostra que os números de casos de dengue e zika diminuíram, mas os de chikungunya aumentaram expressivamente.


Em todo o Estado, este ano, até setembro foram notificados 6.174 casos suspeitos de Chikungunya, sendo 2.110 casos confirmados. No mesmo período foram notificados com início de sintomas, 13.697 casos suspeitos de dengue, com 3.368 confirmados. Já a Zika, foram 3.060 casos suspeitos, sem confirmações.


De acordo com o secretário estadual de Saúde, Marcos Musafir, o aumento nos casos de chikungunya merece atenção. “É uma preocupação, mas é sazonal também. O próprio vírus tem mutações que facilitam o aparecimento de uma ou outra doença. E hoje é mais provável a chikungunya, que demora a recuperação, provoca muita dor articular e acaba comprometendo as atividades laborais, física e esportiva da pessoa.


A programação no Parque Cesamar seguirá nesta tarde, a partir das 17 horas, e vai até as 20 horas, focando a população em geral que frequenta o parque. A Semana é uma idealização do Ministério da Saúde em parceria com as salas Estadual e Municipal de Combate e Controle, tendo como executora a Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (UVCZ/Semus), com o apoio das secretarias municipais de Educação (Semed) e de Desenvolvimento Social (Sedes), das secretarias estaduais de Saúde (Sesau), de Educação (Seduc) e Assistência Social (Setas), além do Corpo de Bombeiros.

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