Ordenamento territorial e mobilidade são temas debatidos em seminário sobre Plano

Participam do evento estudantes, representantes da sociedade civil organizada, professores, líderes comunitários e técnicos municipais

Geólogo em apresentação durante seminário
Descrição: Geólogo em apresentação durante seminário Crédito: Divulgação

Quais serão as estratégias para a implantação do que está sendo planejado na revisão do Plano Diretor? É essa a discussão que irá ocorrer nesta sexta-feira, 10, e sábado, 11, no II Seminário de Estratégias e Instrumentos do Plano Diretor, que está acontecendo do auditório do Parque do Povo. As macrozonas  e regiões de planejamento e a mobilidade urbana foram os temas debatidos durante a manhã.   

 

Participam do evento estudantes, representantes da sociedade civil organizada, professores, líderes comunitários e técnicos municipais. Na abertura, a prefeita em exercício, Cinthia Ribeiro, ressaltou o empenho  dos técnicos em discutir amplamente  o  planejamento da cidade. “Nós tratamos aqui o desenvolvimento do Município, e também é muito importante para nós termos a participação da sociedade nesse processo”, disse.

 

Já o secretário de Desenvolvimento Urbano, Regularização Fundiária e Serviços Regionais (Sedurf), Ricardo Ayres, lembrou que o seminário  é uma das etapas finais do processo de revisão do Plano Diretor. “Estamos finalizando um trabalho que será enviado à Câmara Municipal. Foi um processo que se construiu de forma participativa e que se submete a um controle social”, ressaltou.

 

“Esse não é só um plano diretor. É um plano estratégico. É importante ressaltar que se tratam de estratégias para todos os segmentos de desenvolvimento da cidade”, frisou o presidente do Instituto de Planejamento Urbano Municipal de Palmas, Ephim Shluger.

 

Macrozoneamento e regiões de Planejamento

 

A divisão da cidade em macrozonas específicas e em regiões de planejamento estratégico é uma das diretrizes estratégicas propostas na Revisão do Plano Diretor 2017, saindo da “dicotomia urbano/rural, contando com áreas de transição e serviços específicos”, explica Shluger.


“As macrozonas identificam as particularidades de grandes áreas da cidade, levando em consideração critérios ambientais, físicos, sociais e econômicos para definir o uso macro, que será regulamentado em regiões de planejamento menores”, explica o  geólogo e integrante da equipe de revisão do PD, Marcus Vinícius Bazonni, ao ressaltar que são regiões mais  detalhadas, com maior identificação do território, que, no PD atual, que separava o município apenas em rural e urbano.


Na revisão são propostas macrozonas  de conservação ambiental, como a Área de Proteção Ambiental da Serra de Lageado, Macrozonas de Interesse Rural, Macrozona de Ordenamento Controlado e Macrozona de Ordenamento Condicionado.

 

Já as regiões de Planejamento são as áreas dentro das macrozonas, definidas para o planejamento estratégico, com o objetivo de “definir dentro do território plano regionais, com áreas de urbanização especificas. O foco maior  são os segmentos turísticos, desenvolvimento econômico e ambiental”, informou o urbanista Robson Carvalho. Neste sentido pode ser exemplificado a região de planejamento de interesse logístico, na área do aeroporto de Palmas.

 

Transporte multimodal

 

Promover a integração entre os diversos meios de locomoção, ou seja, o transporte multimodal é a aposta para a mobilidade urbana na revisão do PD, assim, além do transporte público de qualidade, é preciso implantar calçadas caminháveis, com acessibilidade e sombreamento  além de ciclovias, inclusive no interior das quadras. “Estamos buscando a integração entre os modais, para que a população tenha uma infraestrutura adequada para que possa ir a pé, ou de bicicleta, e integrar com o transporte público coletivo. Uma das ideias é promover a inserção das  ciclo faixas dentro das quadras para a gente poder criar uma atividade, uma vida no interior das quadras”, disse o engenheiro e integrante da equipe de mobilidade na revisão do PD, Frederico Mendes.

 

Estudante de Engenharia  Civil da Ulbra, Daniele Mendes considerou o momento oportuno para ter mais conhecimento sobre o que o poder público está propondo para a cidade, “Vim aqui em busca de saber mais sobre as propostas para o plano diretor e outras leis complementares. E está sendo bastante produtivo”, ressaltou.


Já o representante do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Milton Gomes, ressaltou a importância do plano diretor para  a cidade. “Se a gente soubesse da importância de se utilizar este instrumento para dar um ordenamento para a cidade, este espaço aqui seria pequeno.”

 

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