Pais defendem coordenadora demitida do CEI que denunciou perseguição; TJ não comenta

O alvo da denúncia é a diretora do CEI, Luciana Carvalho. Conforme a ex-coordenadora, a diretora pratica assédio moral, racismo e homofobia

Crédito: Reprodução

A ex-coordenadora pedagógica do CEI (Centro de Educação Infantil Nicolas Quagliariello Vêncio), Ana Paula Ribeiro Nunes, divulgou na manhã de domingo, dia 25, um vídeo nas redes sociais falando sobre uma suposta perseguição e assédio dentro da instituição em que ela trabalhava. O alvo da denúncia é a diretora do CEI, Luciana Carvalho. O Portal T1 procurou o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO), responsável pela unidade, cobrando um posicionamento, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto.
 

Diferente do TJ-TO, a Associação de Pais e Funcionários do Centro de Educação Infantil - APCEI se manifestou por meio de nota. O grupo afirma que está ciente da maioria dos fatos relatados pela ex-funcionária. A nota informa ainda que além de Ana Paula, a diretora da unidade também demitiu outra funcionária identificada como Marisnete Domingos de Souza Torres.

 

A Associação pontua que as demissões foram sem justificativas e que no último dia 22 de abril  foi recebida pelo presidente do Tribunal de Justiça, o desembargador João Rigo Guimarães, quando solicitou do órgão o não cumprimento da decisão tomada pela diretora do CEI.

 

Na ocasião, o presidente havia se comprometido com a Associação em resolver a situação com urgência. “Porém, até o momento da produção desta nota, a APCEI não recebeu resposta oficial sobre o assunto. - A Associação esclarece que vem buscando a resolução das questões denunciadas no vídeo a partir de um comportamento focado na preservação da imagem dos próprios colaboradores, do Tribunal de Justiça e dos demais envolvidos. Isso porque a APCEI entende a gravidade das acusações e das consequências que as mesmas podem resultarl”, ressaltou a entidade.

 

Por fim, a APCEI diz que “se solidariza com os colaboradores e famílias envolvidas pelos prejuízos emocionais decorrentes dos fatos denunciados”.

 

Conteúdo do vídeo  

 

Ana Paula Ribeiro Nunes publicou no último domingo, 25, um vídeo em que aparece estar muito abalada e emocionada. Ela afirma, no conteúdo, trabalhar no CEI, em Palmas, desde 2010, onde entrou por meio de um processo seletivo. “Entrei por mérito meu, juntamente com a diretora Luciana Carvalho. Até 2014 fui professora no CEI, a cada ano eu crescia dentro da instituição, sempre trabalhando com educação infantil” disse.

 

Nunes afirma que assumiu a coordenação pedagógica da escola em 2015. De lá para cá começou a sofrer de perto o que antes só ouvia falar. “Vez ou outra tinha rumores de comportamentos da diretora com os funcionários. Presenciava como professora, mas eu fazia vista grossa. Não era comigo. Não me interessava”, confessa.
 

A ex-coordenadora afirmou, então, que depois que assumiu o cargo na coordenação e a trabalhar diretamente com a diretora, começou a sofrer assédio moral. “Tinha que agir do jeito dela. Infelizmente eu aceitava muita coisa. Às vezes para a gente se manter no emprego, ou por medo, a gente vai deixando as coisas acontecerem. Em 2019, começou o assédio moral, psicológico, racismo e homofobia. E a perseguição já estava de mais. Não conseguia mais conciliar”, manifestou Ana Paula, que disse também ter visto ex-colegas passando mal por conta dos assédios. 
 

Confira a declaração na íntegra aqui:

 

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