Palmas alcança 100% de cobertura na Atenção Básica e 86% de cobertura em Saúde Bucal

No mês passado, uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde apontou que Palmas possui o menor índice de obesidade entre as capitais do País, 47,7

Palmenses aderem a hábitos saudáveis
Descrição: Palmenses aderem a hábitos saudáveis Crédito: Foto: Cleia Gomes

Palmas completa 28 anos neste sábado, 20, vivendo um momento ímpar - 100% de cobertura na Atenção Básica e 86% de cobertura em Saúde Bucal, o que elevou a capacidade de ofertas de consultas médicas de 282 mil consultas/ano para 524 mil consultas/ano, comparando 2015 a 2016.

 

E quando o assunto é qualidade de vida, a cidade apresenta um cenário bastante animador. No mês passado, uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde apontou que Palmas possui o menor índice de obesidade entre as capitais do País, 47,7. E alcança bons resultados também quanto à hipertensão arterial com 16,9, também o menor do País, e com um índice de 5,8, terceiro menor, empatada com Rio Branco (AC), em relação ao diabetes.

 

“Tivemos muitos avanços, mas isso não significa que não temos o que melhorar. A rede municipal de Saúde se prepara para ter maior eficiência no atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Estamos num processo de revisão da forma como os serviços de saúde se organizam, como atendem a população. Os serviços têm que se adaptar às necessidades da população, pois quem deve ordenar são as necessidades do povo”, ressalta o secretário municipal de Saúde, Nésio Fernandes.

 

Mudança de hábitos

Os bons índices são reflexo do trabalho feito nos Centro de Saúde Comunitários (CSCS) pelas equipes do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), dotados de nutricionistas, profissionais de Educação Física, entre outros, que podem auxiliar na mudança de hábitos da comunidade em que atuam, incentivando a prática de atividades físicas e a uma alimentação saudável.

 

O NASF Xerente 1 - que dá suporte aos CSCs Laurídes Milhomem e Liberdade, ambos do Jardim Aureny III – conta, por exemplo, com a nutricionista residente Lorena Martins, que faz um trabalho de acompanhamento com um grupo de trabalhadoras do CSC Laurídes Milhomem e com a comunidade local. “Assim que eu cheguei, os próprios trabalhadores solicitaram um acompanhamento meu. Então resolvi aproveitar esse vínculo de amizade que eles tinham enquanto trabalhadores da mesma unidade para que um fosse incentivando o outro”, revela Lorena, lembrando que o projeto foi estendido a todos da unidade, mas apenas as mulheres se interessaram. Hoje o grupo conta com doze pessoas que já colhem resultados.

 

Uma delas é Elissônia Leal, que atua como recepcionista do laboratório da unidade e que, aos 30 anos, chegou a pesar 92 quilos. Mas isso foi até dezembro de 2016. De lá para cá, ela adotou a rotina de exercícios físicos e mudou seus hábitos alimentares, emagreceu 12 quilos e sua qualidade de vida é outra. “A minha vida mudou toda. Antigamente eu sentia muito cansaço devido ao excesso de peso. Apesar de não ter problemas de colesterol e glicemia, eu sentia muita fadiga, não conseguia brincar com a minha filha. Hoje eu ainda consigo correr, subir as escadas da minha casa sem me sentir cansada”, comemora.

 

Para ela, que comia macarrão instantâneo quase todos os dias e tomava um litro de refrigerante por dia, a maior conquista foi conseguir contagiar o marido e a filha para também terem uma vida mais saudável. “O que mais me deixa feliz é que eu consegui mudar os hábitos da minha família. Hoje eu e minha filha comemos salada e verdura todos os dias, coisa que antes nós não fazíamos. Eu não faço dieta. Fiz reeducação alimentar e aprendi a comer”, ressalta Elissônia, que, após o trabalho, faz caminhada todos os dias acompanhada da sogra e da filha de 9 anos. “A gente acha um tempinho para conversar com os amigos, comer e beber. Porque que não reunir com os amigos para caminhar, praticar atividades físicas”.

 

As fotos não agradaram

Outro bom exemplo vem da comunidade. A saladeira Maria Zeneide Sales viajou com a família de férias no final de 2015. Ao retornar para casa, não gostou nada do que viu ao olhar as fotos do passeio. “Me desanimei demais, achei que fiquei horrível nas fotos e decidi procurar um meio de emagrecer”, revela Zeneide, que procurou o CSC Laurídes e foi encaminhada para atendimento com a nutricionista Lorena.

 

O acompanhamento começou em abril do ano passado e, de lá para cá, Zeneide emagreceu 12 quilos. “Foi difícil no começo porque não é fácil mudar a maneira de se alimentar, mas não é impossível. Se a pessoa quiser, consegue, porque eu consegui. Desde criança comia bastante, repetia sempre, mesmo sem fome. Aí diminuiu bastante com a reeducação alimentar. Mesmo comendo pouco, fico satisfeita”, comemora Zeneide, que gosta de fazer caminhada, mas só se tiver companhia. Como nem sempre isso é possível, ela segue a mesma rotina de exercícios todos os dias: dança forró, sozinha, em casa, das 18 às 21h30. “Ainda não cheguei onde quero, pois tenho que perder mais seis quilos, mas estou satisfeita. Quando eu me olho no espelho, me sinto bonita. O excesso de peso me deixava cansada, sem ânimo, tudo era mais lento. Agora não, durmo bem, sinto vontade de sair, de me arrumar, a autoestima voltou”.

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