Palmas lidera entre as capitais brasileiras no ranking de violência contra a mulher

Portal especialista em saúde feminina “Trocando Fraldas” realizou uma pesquisa entre os dias 5 e 12 de fevereiro, que contou com a participação de 14 mil mulheres em todo o país

Palmas lidera entre as capitais brasileiras com o maior número de casos
Descrição: Palmas lidera entre as capitais brasileiras com o maior número de casos Crédito: Divulgação/Web

De acordo com artigo publicado pela ONUBR, o Brasil ocupa a quinta posição no número de casos de feminicídio no mundo. A taxa é de 4,8 para 100 mil mulheres, segundo dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde. No ano de 2015, o Mapa da Violência sobre homicídios entre o público feminino mostrou que entre os anos de 2003 e 2013, o número de assassinatos de mulheres negras cresceu 54%, de 1.864 para 2.875 mortes. Ainda de acordo com o Mapa, o número de estupros passa de 500 mil por ano. Nos casos de assassinatos, 55,3% foram cometidos no ambiente doméstico, sendo 33,2% dos assassinatos, cometidos por parceiros ou ex-parceiros.

 

Com o Dia Internacional da Mulher se aproximando, data em que mulheres em todo o mundo são convidadas à reflexão sobre direitos existentes e a serem conquistados, o portal especialista em saúde feminina “Trocando Fraldas” realizou uma pesquisa entre os dias 5 e 12 de fevereiro, que contou com a participação de 14 mil mulheres em todo o país.

 

Dados da pesquisa mostram que mais de 35% das mulheres no Tocantins, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, e Santa Catarina já sofreram algum tipo de violência. As informações também apontam que no ranking de violência contra a mulher, Palmas lidera entre as capitais brasileiras com o maior número de casos. Palmas, Florianópolis e Salvador são as capitais com maior índice de violência à mulher. O tipo de violência mais comum é a moral, que 3 em cada 5 mulheres viveram, seguido pela física e sexual com 32%, respectivamente.

 

Casos recentes no TO

 

O mais recente crime contra a mulher que ganhou repercussão na mídia no Tocantins foi o caso da técnica em enfermagem Juvenia Cunha de Sousa, de 36 anos, assassinada em janeiro deste ano. O ex-companheiro atirou nela e depois tentou se matar com um tiro na própria cabeça. Ela foi enterrada pelos familiares no interior do Estado, em Santa Tereza, de onde saiu para tentar a vida na Capital. O ex, José Humberto Nogueira, faleceu dias depois Hospital Geral de Palmas (HGP).  

 

Outro crime que chocou a população de Palmas foi o assassinato da professora Danielle Christina Lustosa Grohs, encontrada morta na própria casa, estrangulada, em dezembro do ano passado. O principal suspeito é o ex-marido da vítima, o médico Álvaro Ferreira, contra quem a professora tinha medida protetiva. O médico e sua ex-namorada foram indiciados pelo crime e ele está preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas à espera de julgamento.

 

De acordo com dados do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO), a violência contra a mulher contabiliza um total de 3.593 mil casos com condenação, com ou sem a morte da vítima. Nos três últimos anos, a Justiça do Tocantins concedeu 5.864 medidas protetivas para mulheres que alegam sofrer violência doméstica por parte dos companheiros ou ex-companheiros.

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