Polícia Federal investiga grupo suspeito de extraviar encomendas dos Correios

Durante as investigações, foi apurado que os extravios ocorriam no trajeto entre as cidades de Brasília e Palmas, havendo fortes indícios do envolvimento de alguns motoristas de empresa terceirizada

Crédito: Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 11, a Operação Extravios II (segunda fase), visando desarticular uma associação criminosa envolvida no extravio de encomendas dos Correios.


Aproximadamente 27 policiais federais cumprem no Distrito Federal, em Goiânia/GO e em Aparecida de Goiânia/GO três mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 4ª Vara Federal SJ/TO.


Conforme a Polícia Federal, esta nova operação é um desdobramento da Operação Extravios, que foi deflagrada no dia 10/12/2020, ocasião em que foram presos alguns integrantes do grupo criminoso.

 

Investigações


Inicialmente, a investigação – que contou com o apoio da área de segurança corporativa dos Correios – teve início após a informação de que diversas encomendas transportadas por uma empresa terceirizada dos Correios estavam sendo subtraídas e não chegavam ao seu destinatário final. Durante as investigações, foi apurado que os extravios ocorriam no trajeto entre as cidades de Brasília/DF e Palmas/TO, havendo fortes indícios do envolvimento de alguns motoristas da empresa terceirizada no esquema criminoso.


Após a deflagração da primeira fase da operação (EXTRAVIOS I – Dezembro de 2020), comprovou-se que os motoristas da transportadora, durante os percursos dos transportes, permitiam o acesso de outros integrantes do grupo criminoso aos compartimentos de cargas dos caminhões para que realizassem as execuções das subtrações dos objetos postais.


Foi apurado, ainda, que os executores realizavam a abertura dos lacres de segurança dos Correios adotando método fraudulento que possibilitava que os dispositivos de segurança fossem abertos sem violações, preservando-se a sua integralidade. Desta forma, após a abertura dos compartimentos de cargas dos caminhões, os criminosos realizavam a subtração dos objetos postais e reaproveitavam na mesma viagem os lacres de segurança dos Correios que foram abertos indevidamente, o que acarretava com que os Correios não pudessem alegar que os compartimentos de cargas dos caminhões teriam sido abertos em momento indevido, isentando os motoristas da transportadora de responsabilidade.


As ações da organização criminosa geraram enorme prejuízo à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, vez que esta fica obrigada a indenizar os remetentes das encomendas.


Os Correios informaram que em apenas uma das linhas, referente ao percurso de Brasília/DF para Belo Horizonte/MG, no período de 01/01 e 30/11/2020, o prejuízo apurado gira em torno de R$ 477.767,54 (quatrocentos e setenta e sete mil, setecentos e sessenta e sete reais e cinquenta e quatro centavos).

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