Prefeitura estuda mudanças no transporte coletivo: tarifa vai aumentar

O serviço deixa a desejar, a frota precisa ser renovada e a tarifa está defasada em função do aumento dos insumos. Prefeitura estuda forma de melhorar qualidade sem muito impacto no valor da tarifa

A Prefeitura de Palmas estuda fazer diversas mudanças no transporte coletivo da Capital. Os estudos são feitos pela Secretaria de Acessibilidade, Mobilidade e Transportes. O secretário Ricardo Bindo afirmou ao Portal T1 Notícias que existe a necessidade de promover ajustes urgentes no sistema.

Desde que assumiu a Pasta, Bindo tem se debruçado em cima de números e dados estatísticos do transporte coletivo da cidade. “A concepção do sistema é boa, mas precisa passar por ajustes em função do próprio crescimento de Palmas”, afirmou o secretário.

As estatísticas mostram por exemplo que, nos terminais, as pessoas demoram muito tempo para embarcar nos coletivos. “Precisamos encontrar uma solução para isto já que a demora no embarque provoca congestionamentos nos terminais e atrasos nos horários”, argumentou.

 

Alternativas

Para o secretário, o ideal seria os usuários pagarem pelo bilhete antes de entrarem nos coletivos, a exemplo do que acontece em Curitiba e outras cidade. “Estamos estudando soluções para serem aplicadas em curto (imediatamente), médio e longo prazos” afirmou Bindo.

Para melhorar sistema a Prefeitura estuda a ampliação e readequação das atuais linhas e criação de faixas exclusivas ao longo da Avenida Theotônio Segurado. Para isto estudos estão sendo feitos para chegar as demandas em cada trecho. “Não podemos aumentar número de linhas se não houver demanda, assim como não podemos permitir que os ônibus circulem superlotados”, defende o secretário.

A qualidade do serviço é outro gargalo do transporte coletivo em Palmas. Constantemente os usuários reclamam de atrasos, ônibus superlotados, mal conservados e estações de embarque sem estrutura.

 

Frota X tarifa

De acordo com o secretário da Acessibilidade, dos 170 ônibus utilizados na frota de transporte coletivo da Capital, pelo menos 60 já ultrapassaram a vida útil prevista no contrato de concessão que é de dez anos. Mas a renovação da frota implica em aumento na tarifa. “Cada ônibus novo tem implica em impacto na tarifa uma vez que o valor do investimento é amortizado em dez anos, tempo que o veículo vai circular no sistema” explica Ricardo Bindo.

O secretário informa também que número de veículos com acessibilidade para pessoas com deficiência já é insuficiente e há a necessidade serem incorporados novos veículos adaptados.

De qualquer forma a tafira do transporte terá de ser reajustada até o início do segundo semesres. O motivo é a defasagem da atual tarifa de R$ 2,50 por conta do aumento dos insumos, como diesel, pneus peças de reposição e reajuste salarial dos motoristas e cobradores. “Em maio acontece também o dissídio coletivo dos motoristas e isso tem um impacto nos custos que são determinantes no valor da tarifa”, afirmou Bindo.

De acordo com o secretário, o município e as empresas já iniciaram as negociações sobre a nova tarifa. Embora não se tenha um índice definido, as empresas apresentaram uma planilha com previsão, 6% que cobrem a inflação do período. Ricardo Bindo esclareceu também o município está analisando os índices e que qualquer reajuste na tarifa terá de passar pela aprovação do Conselho Municipal de Transporte e Mobilidade, composto por 30 membros representantes da sociedade civil e da Prefeitura. "A tarifa só aumentará 90 dias após a aprovação do Conselho e sanção do prefeito", esclareceu o secrtario, lembrando o prefeito não abre mão da melhoria da qualidade do serviço prestado.

Caso seja aplicado apenas o índice de 6% proposto pelas empresas, a tarifa poderá subir dos atuais R$ 2,50 para R$ 2,65.

 

(Atualizada às 9h55 de 25/03)

 

 

Comentários (0)