Projeto em tramitação na Câmara de Palmas pretende reduzir consumo excessivo de sal

O projeto visa contar com a parceria dos estabelecimentos que comercializam alimentos preparados para consumo como restaurantes, lanchonetes, cantinas escolares e similares

Projeto “Menos Sal, Mais Vida” está em tramitação
Descrição: Projeto “Menos Sal, Mais Vida” está em tramitação Crédito: Foto: Guilherme Paganotto

Com o objetivo de difundir os malefícios do consumo abusivo de sal na alimentação, está em tramitação na Câmara de Palmas o projeto “Menos Sal, Mais Vida”, de autoria do vereador Gerson Alves (PSL). O projeto visa contar com a parceria dos estabelecimentos que comercializam alimentos preparados para consumo como restaurantes, lanchonetes, cantinas escolares e similares para não exporem nas mesas e balcões recipientes que contenham o produto.

 

A proposta possui o caráter educativo para que a sociedade esteja consciente dos riscos relacionados ao uso excessivo do sal. “O sal é um dos principais fatores que causam a hipertensão entre outras doenças e esse projeto vem para somar, não é punitivo, mas uma proposta que visa melhorar a qualidade de vida dos palmenses. Com certeza ao se reduzir o consumo de sal poderemos ver o reflexo nas unidades de saúde também”, explicou o vereador Gerson Alves.

 

O autor da proposição ainda destacou, “claro que o comerciante poderá atender ao pedido do cliente que solicitar o saleiro, mas cremos que só de não expor o produto já poderemos contribuir para a redução no consumo”.

 

A proprietária de um restaurante e lanchonete, Idalzina Rezende Silva destacou sua opinião sobre o projeto. “Sei que o excesso de sal é ruim. Eu tenho hipertensão e minha alimentação é bem insossa, mas os clientes gostam de comida mais temperada, com sal”, afirmou. A comerciante ainda destacou, “acho interessante o projeto, pois sei que o sal não é bom para a saúde, mas não é fácil fazer as pessoas entenderem que é preciso diminuir nesse consumo”, frisou.

 

O consumo acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, que é de até 5g por dia para pessoas de 16 anos ou mais, prejudica a saúde, como explica a nutricionista Rafaella Lemos Alves. “O consumo excessivo está associado a doenças do coração, hipertensão arterial, doenças renais e outras doenças crônicas”, afirma.

 

A nutricionista ressalta que um dos objetivos do projeto, que é retirar o saleiro da mesa, é uma das estratégias recomendadas. “Evitar o saleiro à mesa é uma estratégia, uma vez que as pessoas adicionam mais sal aos alimentos depois de prontos. Outra estratégia seria a utilização de temperos naturais como orégano, coentro, salsinha, cebolinha, alho, cebola que podem ser cultivados até mesmo em casa”, recomendou a especialista.

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